Quem ama a cabra, ama o cabrito.

Indica que quem estima uma pessoa tende também a aceitar ou estimar os seus filhos, dependentes ou coisas que lhe pertençam.

Versão neutra

Quem ama alguém tende a amar também os seus filhos e o que lhe pertence.

O que significa este provérbio em poucas palavras?
Que o afecto por uma pessoa tende a estender‑se às suas crianças, familiares ou coisas associadas.
Quando posso usar este provérbio?
Quando queres destacar que alguém aceita também os familiares ou os bens de uma pessoa que estima, especialmente em contexto informal.
Este provérbio justifica aceitar tudo por causa do afecto?
Não; serve para descrever uma tendência emocional, mas não legitima tolerar abusos ou responsabilidades indevidas.

Uso: coloquial, aplicado sobretudo em contexto familiar ou comunitário para afirmar extensão do afecto ou da aceitação.
Registo: informal; aparece em conversas do quotidiano, textos de carácter cultural ou ocasiões em que se quer sublinhar lealdade/aceitação.
Conotação: pode servir para elogiar a capacidade de aceitação de alguém ou, inversamente, para criticar quem exige distinções entre uma pessoa e os seus próximos.
Cuidado: não é uma regra universal — não justifica tolerar abusos ou responsabilidades que não sejam devidas apenas por laços afetivos.

A Maria sempre foi amiga do pai do João e, desde que conheceu o filho, tratou‑o com a mesma ternura — quem ama a cabra, ama o cabrito.
Se aceitas o chefe, também tens de aceitar a família dele; às vezes as relações pessoais trazem responsabilidades extras — quem ama a cabra, ama o cabrito.

Amar uma pessoa não obriga a aceitar automaticamente comportamentos inaceitáveis da sua família ou dos seus associados.
O provérbio pode ser usado de forma manipuladora para pressionar alguém a assumir responsabilidades não desejadas.
Existem situações em que se ama uma pessoa mas se afasta dos seus filhos por motivos éticos, legais ou de segurança.