Quem as fez que as desfaça
Responsabiliza quem causou um problema por o resolver ou desfazer.
Versão neutra
Quem as criou que as desfaça
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se pretende sublinhar que a pessoa responsável por causar um problema deve também assumir a sua resolução. Evitar em situações onde a reparação é impossível ou quando a responsabilidade é colectiva. - O provérbio é ofensivo?
Não é necessariamente ofensivo, mas pode ser percebido como acusatório. Em contexto formal ou delicado, recomenda-se linguagem mais neutra para evitar confrontos. - O que significa o 'as' no provérbio?
O pronome 'as' é um complemento genérico que se refere às 'coisas', 'situações' ou 'consequências' que foram feitas e que agora se exigem ser desfeitas ou reparadas.
Notas de uso
- Usa-se para exigir que a pessoa que provocou uma situação a corrija ou repare.
- Tom geralmente acusatório; aplicado tanto em situações práticas (um erro técnico) como em decisões (políticas, administrativas).
- Registro coloquial; em contextos formais pode preferir-se linguagem mais neutra (ex.: 'deve assumir a responsabilidade').
- Não se aplica quando a pessoa não tem capacidade, meios ou autoridade para desfazer o que foi feito.
- Gramaticalmente é uma construção imperativa indireta na terceira pessoa.
Exemplos
- Se foste tu que alteraste a configuração do servidor e agora tudo falha, quem as fez que as desfaça — arranja uma solução.
- Quando a autarquia mudou o trânsito e provocou engarrafamentos, os moradores disseram: 'Quem as fez que as desfaça'.
- O chefe responsabilizou o departamento: 'Quem as fez que as desfaça; corrijam os relatórios errados.'
Variações Sinónimos
- Quem as fez que as remedeie
- Quem as fez que as pague
- Quem as fez que as resolva
- Quem as criou que as desfaça
- Quem as fez que as conserte
Relacionados
- Cada um colhe o que semeia
- Quem semeia vento colhe tempestade
- Você fez a cama, agora deite-se
Contrapontos
- Nem sempre é possível desfazer uma ação: pode haver danos irreversíveis ou consequências imprevistas.
- Em organizações, a responsabilidade pode ser partilhada; apontar apenas quem 'as fez' pode ignorar falhas sistémicas.
- Em casos de acidente ou erro não intencional, exigir que 'desfaça' pode ser injusto ou impraticável.
- A aplicação literal do provérbio pode ignorar limites legais ou técnicos que impedem a reparação imediata.
Equivalentes
- inglês
You made your bed; now lie in it. - espanhol
Quien la hace, que la pague. - alemão
Wer's gemacht hat, soll es auch wieder gutmachen. - italiano
Chi l'ha fatta la disfi.