Quem bem quer a Beltrão, bem quer a seu cão.

Quem bem quer a Beltrão, bem quer a seu cão.
 ... Quem bem quer a Beltrão, bem quer a seu cão.

Quem gosta de alguém tende a aceitar também as suas pessoas, coisas ou defeitos associados.

Versão neutra

Se gostas de Beltrão, também gostas do seu cão.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa‑se para comentar que a afeição por uma pessoa costuma estender‑se aos seus bens, familiares ou hábitos — muitas vezes em contexto de aceitação ou de desculpabilização.
  • Significa que devemos aceitar tudo de alguém que gostamos?
    Não necessariamente; o provérbio fala de preferência e tolerância social, não de justificar comportamentos imorais ou prejudiciais.
  • É um provérbio ofensivo?
    Em geral, não. Pode ser usado de forma irónica ou crítica, mas por si só não tem conteúdo ofensivo.
  • Qual é a origem deste ditado?
    Trata‑se de um provérbio popular de origem oral em português; não há registo seguro de autor ou data de criação.

Notas de uso

  • Usa‑se para dizer que a afeição por uma pessoa costuma estender‑se ao seu círculo, bens ou hábitos.
  • Emprega‑se tanto de forma positiva (aceitação) como irónica (tolerância perante defeitos ou inconvenientes).
  • Não implica obrigação de concordar com comportamentos graves dessa pessoa ou de seus associados — é mais sobre preferência e tolerância social.

Exemplos

  • Quando aceitaste o João, aceitaste também a família dele — quem bem quer a Beltrão, bem quer a seu cão.
  • Ela disse que não ia separar a amizade das más companhias, lembrando o provérbio: quem bem quer a Beltrão, bem quer a seu cão.

Variações Sinónimos

  • Quem bem quer Beltrão, bem quer o seu cão.
  • Quem ama Beltrão, ama também o seu cão.
  • A quem se gosta, aceita‑se o que lhe pertence.

Relacionados

  • Quem ama o feio, bonito lhe parece (tolerância ou preferência que suaviza defeitos).
  • Amor e ódio fazem ver as coisas ao contrário (afetos alteram perceção).

Contrapontos

  • Gostar de alguém não obriga a aprovar condutas éticas ou ilegais praticadas por terceiros associados.
  • Aceitar os objetos ou o círculo de alguém tem limites práticos e morais.
  • O provérbio refere‑se mais a preferência pessoal do que a compromisso universal de aceitação.

Equivalentes

  • Inglês
    Love me, love my dog.
  • Francês
    Aime‑moi, aime mon chien.
  • Espanhol
    Quiéreme, quiere a mi perro.