Quem canta de graça é galo.

Quem canta de graça é galo.
 ... Quem canta de graça é galo.

Expressa desconfiança face a ofertas gratuitas: quem faz algo sem cobrar fá-lo muitas vezes para se mostrar, ganhar atenção ou porque o serviço tem pouco valor.

Versão neutra

Quem oferece algo gratuitamente tende a fazê-lo para obter reconhecimento, autopromoção ou apenas por vaidade.

Faqs

  • O que quer dizer exatamente este provérbio?
    Alerta para a ideia de que algo oferecido gratuitamente pode ter motivações ocultas (vaidade, autopromoção) ou ser de menor valor económico/profissional.
  • É apropriado usar este provérbio em qualquer situação?
    Depende: é útil como aviso cauteloso, mas pode ser injusto se aplicado a actos genuinamente altruístas; o contexto importa.
  • Tem conotação pejorativa?
    Frequentemente sim, porque insinua desconfiança quanto às intenções de quem oferece algo sem cobrar.

Notas de uso

  • Usa-se para advertir contra aceitar serviços ou ofertas sem custo aparente, sugerindo motivos ocultos como autopromoção ou baixa qualidade.
  • Pode ter tom jocoso ou crítico, dependendo do contexto e da entoação.
  • Nem sempre implica malícia: também aponta para a ideia de que algo gratuito pode não ter valor económico ou profissional.

Exemplos

  • Quando ele começou a dar aulas particulares sem cobrar, muitos comentaram: quem canta de graça é galo — quer é mostrar serviço.
  • Antes de aceitar a consultoria grátis, lembra‑te do provérbio: quem canta de graça é galo; pode tratar‑se de autopromoção ou trabalho de pouca qualidade.

Variações Sinónimos

  • Quem oferece de graça quer aparecer.
  • De graça até o galo canta.
  • O gratuito costuma ter outra intenção.

Relacionados

  • Não há almoços grátis (adaptação de expressão inglesa usada também em português)
  • Nem tudo o que é grátis vale a pena
  • Há ofertas que escondem interesses

Contrapontos

  • Muitos actos gratuitos são altruístas: voluntariado, partilha de conhecimento e ajuda comunitária não visam autopromoção.
  • Ofertas grátis podem ser estratégia legítima de marketing (amostras, portfólios) e não implicam baixa qualidade.
  • Julgar sempre como vaidade pode desincentivar iniciativas generosas e colaboração.

Equivalentes

  • inglês
    There's no such thing as a free lunch (nenhuma oferta é verdadeiramente gratuita)
  • espanhol
    Nada es gratis (expressão geral de desconfiança em relação ao gratuito)