Quem cria, deve o ensino

Quem cria, deve o ensino.

Quem tem a responsabilidade de criar alguém também tem o dever de o educar e instruir.

Versão neutra

Quem cria alguém tem a obrigação de o educar e instruir.

O provérbio aplica‑se apenas a pais biológicos?
Não — refere‑se a qualquer pessoa ou entidade que assuma a criação de alguém (pais adotivos, tutores, instituições, mentores), ou seja, a quem tem responsabilidade educativa.
Significa que a escola não tem importância?
Não. O provérbio sublinha a responsabilidade inicial de quem cria, mas a educação é partilhada: a escola, serviços sociais e a comunidade também têm papéis cruciais.
Pode o provérbio justificar intervenção legal?
Serve como argumento ético para exigir cuidados e educação, mas medidas legais dependem do quadro jurídico e de avaliações concretas das capacidades e recursos do cuidador.

Aplica‑se sobretudo ao contexto familiar: pais e tutores são responsáveis não só por prover sustento como também por educar.
Usa‑se também em contextos de mentoria, formação profissional e responsabilidade institucional (ex.: empregadores, instituições de acolhimento).
Pode ser invocado em debates éticos e legais sobre responsabilidade educativa, mas não substitui a intervenção de escolas e do Estado.
Tomar o provérbio como obrigação absoluta pode ignorar limitações práticas — falta de recursos, competências ou apoio externo.

Os pais que decidirem adotar um filho devem lembrar que, além de cuidar materialmente, têm de o orientar: quem cria, deve o ensino.
Numa empresa que acolhe estagiários, o diretor recordou que quem cria, deve o ensino — é preciso formar e acompanhar quem chega sem experiência.

A educação é uma responsabilidade partilhada entre família, escola e sociedade — não recai só sobre quem cria.
Nem sempre quem cria possui conhecimentos ou recursos para ensinar de forma adequada; pode ser necessário apoio especializado.
Crianças e jovens também aprendem fora do núcleo familiar (pares, comunidade, meios digitais), pelo que a educação é plural.