Quem dá e tira, fica corcunda.
Advertência de que quem oferece algo e depois o retira perde reputação, confiança ou cria inimizades.
Versão neutra
Quem oferta algo e depois o retira perde confiança e boa reputação.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para advertir alguém sobre as consequências de conceder algo e depois retirar, sobretudo quando essa retirada é injusta ou prejudica a confiança. - O provérbio aplica‑se em contextos legais?
É um juízo moral/popular; em contexto legal conta mais o contrato, a legislação e as justificação objetivas para a retirada do que o ditado. - É ofensivo ou sensível?
Não contém linguagem ofensiva nem alude a grupos protegidos; trata‑se de uma crítica à conduta. Use com cuidado para não desvalorizar situações legítimas de reversão. - Há variações modernas deste ditado?
Sim — formas como 'Quem dá e depois tira perde confiança' ou frases menos figurativas que transmitem a mesma ideia.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar a inconstância ou a injustiça de retirar algo que foi concedido.
- Aplica‑se tanto a presentes e favores pessoais como a promessas políticas ou benefícios laborais.
- Registo informal; mais comum em contextos coloquiais e familiares.
- Não é uma regra legal: em alguns casos a retirada pode ser justificada por fraude, erro ou mudança de condições.
Exemplos
- O patrão prometeu o bónus e, dias depois, voltou atrás — quem dá e tira fica corcunda; os trabalhadores perderam a confiança.
- Não lhe emprestes dinheiro se vais cobrar a meio caminho; dar e depois tirar só faz com que fiquem irritados contigo.
- Aquela autarquia anunciou subsídios e depois cortou‑os; a população sentiu‑se traída — quem dá e tira fica corcunda.
- Se dás presentes aos filhos e depois os decides tirar sem explicação, corres o risco de perder autoridade e afecto.
Variações Sinónimos
- Quem dá com uma mão e tira com a outra
- Quem dá e depois tira, perde crédito
- Quem dá e retira cria inimigos
Relacionados
- A palavra dada é dívida
- Promessas são promessas — cumpre‑as
- Mais vale pouco e certo que muito prometido
Contrapontos
- Retirar algo pode ser justificável em casos de fraude, erro ou abuso — a figura moral do provérbio não substitui considerações legais.
- Em negociações formais, mudanças de posição podem ser permitidas dentro de prazos e condições acordadas.
- Às vezes a revogação evita danos maiores (por exemplo, retirada de um benefício indevido), pelo que a ação pode ser necessária apesar do custo reputacional.
Equivalentes
- Inglês
He who gives and then takes away loses goodwill (no provérbio fixo; ideia equivalente). - Espanhol
Quien da y quita, se queda con la joroba (variação popular semelhante). - Francês
Donner puis reprendre nuit à sa réputation (equivalente conceitual).