Quem dá o que tem mostra o que deseja

Ao oferecer algo — bens, tempo ou atenção — a pessoa revela as suas prioridades e desejos.

Versão neutra

O que alguém dá revela as suas verdadeiras prioridades.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Use‑o para observar ou criticar a coerência entre os actos de generosidade de alguém e as suas prioridades — por exemplo, quando uma pessoa doa tempo ou dinheiro a uma causa específica.
O provérbio implica sempre crítica?
Não necessariamente. Pode servir tanto para elogiar a generosidade coerente como para sugerir que uma dádiva revela interesses pessoais. O tom depende do contexto.
Pode este provérbio enganar‑se ao avaliar alguém?
Sim. Julgar exclusivamente pelas dádivas pode ser injusto: há ofertas por obrigação, por escassez de meios mas grande intenção, ou por motivos estratégicos que não reflectem o desejo verdadeiro.

Usa‑se para comentar como actos de dádiva ou generosidade podem revelar intenções, valores ou prioridades pessoais.
Pode ser dito de forma descritiva ou crítica, dependendo do contexto e do tom: às vezes elogia a coerência entre actos e desejos; noutras, insinua interesse ou cálculo.
Aplica‑se tanto a presentes materiais como a dádivas imateriais (tempo, apoio, protecção).
Não deve ser tomado como regra absoluta: nem toda dádiva traduz um desejo sincero — há donativos por obrigação social, conveniência ou estratégia.

Quando decidiu doar parte do ordenado para educação infantil, mostrou que a causa lhe era realmente importante — quem dá o que tem mostra o que deseja.
Ele nunca elogia nem ajuda sem esperar algo em troca; os favores que faz deixam claro o que ambiciona.
Ao ceder sempre o seu tempo livre para a organização dos eventos do bairro, Marta mostrou que valoriza a comunidade mais do que o descanso.

Nem toda oferta reflecte o desejo: muitas dádivas resultam de obrigação, pressão social ou estratégia.
Alguém com poucos recursos pode dar pouco mas desejar muito — a quantidade nem sempre traduz a intensidade do desejo.
Gesto altruísta não implica sempre intenção escondida; há actos genuínos sem mensagem ulterior.