Quem diz mal da coisa, esse a compra

Quem diz mal da coisa, esse a compra.
 ... Quem diz mal da coisa, esse a compra.

Sugere que quem critica algo com frequência muitas vezes está a esconder desejo por esse mesmo objeto ou a revelar hipocrisia — fala-se mal como forma de justificar uma atração.

Versão neutra

Quem fala mal de algo muitas vezes acaba por o adquirir.

Faqs

  • Quando se pode usar este provérbio?
    Usa-se em conversas informais para brincar ou insinuar que alguém que critica repetidamente algo está na verdade interessado ou tentado a possuí‑lo.
  • É ofensivo dizer isto a alguém?
    Pode ser. A frase tem tom acusatório e irónico; dependendo do contexto, pode magoar ou ser percebida como provocação.
  • O ditado tem base lógica?
    É mais uma observação social do que uma regra lógica: descreve um comportamento humano comum, mas não se aplica a todos os casos.

Notas de uso

  • Uso coloquial e frequentemente aplicado em contextos de conversa entre amigos ou comentários sobre compras e gostos pessoais.
  • Emprega-se para insinuar ironicamente que a crítica é sinal de interesse ou de inveja, não como afirmação literal.
  • Pode ser usado acusatoriamente; convém ter cuidado para não reduzir críticas legítimas a simples disfarces de desejo.
  • Registo: informal. Evitar em textos formais ou argumentação séria sem evidências.

Exemplos

  • O João passou a manhã a desancar no novo modelo de telemóvel e, no fim do dia, lá foi à loja — quem diz mal da coisa, esse a compra.
  • Ela criticou tanto aqueles sapatos que todos rimos; dois dias depois apareceu com eles. Há sempre verdade no ditado: quem diz mal da coisa, esse a compra.

Variações Sinónimos

  • Quem fala mal, compra.
  • Quem despreza, compra.
  • Quem muito fala, compra no fim.

Relacionados

    Contrapontos

    • Nem toda crítica indica desejo; muitas vezes falar mal pode ser expressão de opinião informada, princípio ético ou justa discordância.
    • Usar o provérbio para desvalorizar críticas legítimas pode silenciar argumentos válidos e ser injusto.
    • A frase funciona como observação social e humorística, não como preocupação lógica universal.

    Equivalentes

    • inglês
      He who speaks ill of a thing is often the one who buys it.
    • espanhol
      Quien habla mal de algo, suele acabar comprándolo.
    • francês
      Celui qui critique une chose finit souvent par l'acheter.