Quem lança em rosto o que deu, parece que o pede.

Quem lança em rosto o que deu, parece que o pede. ... Quem lança em rosto o que deu, parece que o pede.

Recordar ou exibir as próprias dádivas faz parecer que se exige reconhecimento, retribuição ou obrigação em troca.

Versão neutra

Quem recorda repetidamente o que deu acaba por parecer que está a exigir algo em troca.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer criticar alguém que sublinha favores ou presentes para pressionar, humilhar ou exigir reconhecimento.
  • É ofensivo chamar alguém com este provérbio?
    Tem tom crítico e pode magoar; usar com cuidado, preferindo diálogo direto em relações delicadas.
  • Há exceções em que lembrar uma dádiva é aceitável?
    Sim: em situações contratuais, para corrigir mal-entendidos ou quando se procura justificar atos num contexto formal.

Notas de uso

  • Usa-se para censurar quem sublinha favores ou presentes como forma de pressionar ou humilhar o destinatário.
  • Tem conotação crítica: descreve falta de generosidade genuína quando o gesto é acompanhado de cobrança implícita.
  • Aplicável em contextos familiares, profissionais e sociais quando se quer destacar hipocrisia ou arrogância.
  • Não se aplica, de forma literal, a situações formais onde documentar dádivas ou ajudas é necessário por questões legais.

Exemplos

  • Depois de ajudar o colega a corrigir o relatório, ele continuou a falar do favor — quem lança em rosto o que deu, parece que o pede.
  • Ela ofereceu abrigo por alguns dias e, meses depois, lembrou isso em todas as discussões; os amigos comentaram: quem lança em rosto o que deu, parece que o pede.

Variações Sinónimos

  • Quem recorda o que deu, parece que pede.
  • Quem conta o que deu, quer cobrar.
  • Mostrar o que se deu é pedir retorno.

Relacionados

  • Quem dá, não se lembra; quem recebe, não esquece.
  • Dar é dar, exigir é outra coisa.
  • Favores não são talões de troca.

Contrapontos

  • Em contextos profissionais ou legais, registar o que se deu é adequado e não equivale a exigir reciprocidade.
  • Às vezes é legítimo recordar uma ajuda quando se busca acertar contas ou clarificar mal-entendidos.
  • Em relações conflituosas, mencionar um favor anterior pode ser uma tentativa (mal expressa) de reparar uma injustiça sentida.

Equivalentes

  • en
    Who reminds you of what he gave seems to be asking for it.
  • es
    Quien recuerda lo que dio, parece que lo está pidiendo.
  • fr
    Celui qui rappelle ce qu'il a donné semble en réclamer le retour.
  • it
    Chi ricorda ciò che ha dato sembra che lo stia chiedendo.