Quem não castiga, não cria.
Afirma que a imposição de limites e consequências é necessária para formar ou educar alguém (criança, animal ou criado), isto é, sem disciplina não se obtêm resultados desejáveis.
Versão neutra
Quem não disciplina, não cria.
Faqs
- Este provérbio justifica o castigo físico?
Historicamente foi usado para justificar várias formas de correção, incluindo física. Hoje, muitas sociedades e profissionais defendem métodos não violentos de disciplina; o provérbio deve ser interpretado como defesa de limites e consequências consistentes, não como autorização para abuso. - Aplica-se só a crianças?
Não. Pode aplicar-se também a bens como animais, trainees ou comportamentos em ambientes organizacionais: sempre que seja necessária formação com regras e consequências. - Como aplicar a ideia de forma adequada?
Aplicando limites claros, consequências proporcionais e coerentes, explicando razões, usando reforço positivo e ensinando competências alternativas em vez de recorrer sistematicamente a medidas punitivas.
Notas de uso
- Usa-se frequentemente em contextos de educação e formação (pais, professores, treinadores) para justificar a necessidade de regras e consequências consistentes.
- Não determina um método específico: traduz-se em diferentes práticas consoante a época e a cultura (pode implicar correção verbal, limites claros, ou, em interpretações antigas, castigo físico).
- No discurso contemporâneo deve ser interpretado à luz de métodos positivos de disciplina — limites claros e coerentes, reforço positivo e consequências proporcionais — evitando justificar violência ou abuso.
- Registo: coloquial; pode soar conservador ou paternalista dependendo do interlocutor e do contexto.
Exemplos
- Os pais decidiram estabelecer rotinas e consequências quando o filho não cumpria os deveres: quem não castiga, não cria, diziam, entendendo por 'castigar' recusar privilégios temporariamente.
- No clube canino, o treinador insistiu na consistência das regras: sem correções regulares, o cão não aprende; quem não castiga, não cria, explicou ele, referindo-se a reforço e limites.
- No escritório, o gerente implementou um sistema de avaliação e sanções disciplinares para faltas repetidas; defendeu a medida com o provérbio, enfatizando que tolerância total pode comprometer a equipa.
Variações Sinónimos
- Quem não disciplina, não cria.
- Quem não pune, não educa.
- Sem correção, não há educação.
Relacionados
- Quem semeia ventos, colhe tempestades. (ações têm consequências)
- Gato escaldado de água fria tem medo. (aprende-se com experiências negativas)
- A educação começa em casa. (importância da família na formação)
Contrapontos
- A interpretação literal como justificação para castigo físico é problemática e contrária às recomendações actuais de proteção da criança e do bem-estar animal.
- Métodos de disciplina baseados apenas em punição podem provocar medo, ressentimento ou danos psicológicos; estratégias de disciplina positiva e ensino de competências sociais são alternativas eficazes.
- Contextualizar: nem toda falha em 'criar' se resolve com maior severidade; falhas estruturais (pobreza, falta de tempo, problemas de saúde mental) também afectam a educação.
Equivalentes
- inglês
Spare the rod, spoil the child. - espanhol
Quien no castiga, no cría.