Quem não estraga não estreia.
Para começar ou aprender algo é necessário arriscar e aceitar erros ou perdas iniciais.
Versão neutra
Quem não erra nunca começa.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que, para começar ou progredir numa actividade, é normal cometer erros ou causar pequenas perdas; esses erros fazem parte do processo de aprendizagem. - Quando devo usar este provérbio?
Em contextos informais para encorajar quem está a aprender, ao iniciar projectos experimentais ou ao justificar tentativas e erros controlados. - É o mesmo que 'quem não arrisca não petisca'?
São provérbios próximos: ambos valorizam o risco e a iniciativa. 'Quem não estraga não estreia' enfatiza mais a ideia de imperfeições iniciais na estreia ou aprendizagem.
Notas de uso
- Usa-se para encorajar iniciantes ou justificar tentativas e erros ao aprender uma nova prática.
- Tom coloquial; adequado em conversas informais, no trabalho de equipa, em formação prática e em artesanato.
- Não deve ser usado para desculpar negligência quando os riscos causam danos sérios, legais ou de segurança.
- Relaciona-se com a ideia de aprendizagem por tentativa e erro e com a necessidade de assumir riscos moderados para progredir.
Exemplos
- Ao ensinar um colega a programar, o mentor disse que era normal perder dados no início — quem não estraga não estreia.
- Num ateliê de cerâmica, a instrutora lembrou aos alunos que alguns pratos se partem enquanto se aprende a trabalhar o torno.
- O gerente incentivou a equipa a testar um protótipo: 'Podemos falhar algumas vezes, faz parte do processo; quem não estraga não estreia.'
Variações Sinónimos
- Quem não arrisca não petisca (próximo em sentido)
- Quem não erra não aprende
- Há que quebrar ovos para fazer a omeleta (expressão equivalente)
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca
- Errar é humano
- A prática faz o mestre
- É com as falhas que se aprende
Contrapontos
- Em atividades com risco de vida ou consequências legais, minimizar erros e aumentar a preparação é prioritário.
- Quando o custo das falhas é muito elevado (financeiro, reputacional ou ambiental), experimentar sem controlo não é justificável.
- A aceitação de erros não deve dispensar consciência profissional, procedimentos de segurança e mitigação de danos.
Equivalentes
- inglês
You have to break a few eggs to make an omelette / Nothing ventured, nothing gained - espanhol
Quien no se equivoca no aprende / Quien no arriesga no gana - francês
Qui ne tente rien n'a rien