Quem não se louva, seja louvado

Aquele que não se gaba das próprias qualidades ou feitos merece ser elogiado por outros; exalta a virtude da modéstia.

Versão neutra

Quem não se vangloria, merece ser elogiado.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o para elogiar a humildade de alguém que não procura reconhecimento público, ou em tom irónico quando se duvida dessa humildade. Atenção ao contexto: pode ser mal interpretado em ambientes sensíveis.
É um provérbio instrutivo ou moralista?
Tem um tom moralizador leve: valoriza a modéstia e desencoraja a autopromoção, mas também pode ser usado ironicamente. Depende muito da entoação e do contexto.
Há problemas em aplicar este provérbio em contextos profissionais?
Pode desencorajar pessoas de reivindicarem reconhecimento legítimo. Em ambientes onde é necessário demonstrar competências, incentivá-las a permanecerem sempre discretas pode ser injusto.
Qual a origem histórica do provérbio?
Não há origem documentada conhecida; é uma formulação popular de uma ideia difundida em várias culturas sobre a virtude da modéstia.

Registo: usado tanto em contextos formais como informais; pode aparecer em tom sincero ou irónico, consoante o contexto.
Contextos comuns: elogio de humildade, comentários sobre comportamento ético, advertência contra a autopromoção.
Pode ser usado para realçar uma atitude discreta perante um feito notável, ou para censurar quem impõe humildade a outrem.
Cuidado: usado de forma imprópria pode silenciar a reivindicação legítima de mérito por grupos subrepresentados.

O João recusou os aplausos e desviou a atenção para a equipa — quem não se louva, seja louvado.
Quando ela explicou o projeto sem se gabar dos resultados, disse-lhe: 'Quem não se louva, seja louvado'.
Num tom irónico: 'Ele nunca fala das suas conquistas — quem não se louva, seja louvado', disse quem na verdade suspeitava do contrário.

Pode ser usado para desvalorizar a visibilidade legítima de conquistas, em especial de pessoas que precisam afirmar mérito para progredir (por exemplo, minorias ou recém-chegados a uma área).
Quando usado como norma social rígida, pode reforçar a ideia de que é indecente reconhecer as próprias qualidades, limitando a autoafirmação necessária em contextos profissionais.
Por vezes empregado de forma hipócrita para elogiar alguém enquanto se evita dar reconhecimento efetivo (elogio verbal sem benefícios concretos).

Inglês
He who does not praise himself should be praised (or: Let others praise you, not yourself).
Espanhol
Quien no se alaba, que sea alabado.
Francês
Que celui qui ne se vante pas soit loué.
Italiano
Chi non si vanta, sia lodato.
Alemão
Wer sich nicht rühmt, soll gelobt werden.