Quem não tem pão, não tem cão.

Quem não tem pão, não tem cão.
 ... Quem não tem pão, não tem cão.

Indica que, sem recursos essenciais, não se podem ter ou manter coisas ou responsabilidades que deles dependem.

Versão neutra

Sem recursos essenciais não se pode manter um bem ou responsabilidade que deles dependa.

Faqs

  • Qual é o significado deste provérbio?
    Significa que sem os meios essenciais não se podem suportar coisas ou responsabilidades que deles dependem, pelo que convém aceitar limitações ou não assumir encargos.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer justificar a incapacidade de adquirir ou manter algo por falta de recursos, em conversas informais sobre finanças ou prioridades.
  • É um provérbio ofensivo?
    Pode ser percebido como duro ou insensível se usado para cortar pedidos pessoais; o teor depende do contexto e do tom. Não contém insulto directo.
  • Tem uma origem conhecida?
    A origem exacta não é documentada; trata-se de um ditado popular que reflete um raciocínio económico-pragmático comum em muitos povos.

Notas de uso

  • Usado para justificar a ausência de algo desejado por falta de meios (dinheiro, alimentos, recursos).
  • Registo coloquial; pode soar brusco ou pragmático, dependendo do tom e do contexto.
  • Frequentemente invocado em discussões sobre prioridades económicas ou quando se recusa um pedido por motivos financeiros.
  • Não é um argumento moral absoluto: pode esconder escolhas ou prioridades pessoais.

Exemplos

  • Ela queria adotar um cão, mas respondeu o pai: «Quem não tem pão, não tem cão» — não podiam pagar as despesas.
  • Quando o município cortou subsídios, várias atividades de lazer foram suspensas: «Quem não tem pão, não tem cão», disse o diretor, explicando as prioridades.

Variações Sinónimos

  • Quem não tem dinheiro, não tem cão.
  • Sem pão não se mantém cão.
  • Não se pode ter luxos sem o necessário.

Relacionados

  • Quem não tem cão, caça com gato (provérbio com sentido distinto: improvisar com o que se tem).
  • Não se pode ter o bolo e comê-lo (relacionado à impossibilidade de ter tudo).

Contrapontos

  • A ideia de que o afeto ou companheirismo (por exemplo, entre humano e animal) pode justificar sacrifícios financeiros.
  • Modelos de solidariedade ou ajuda comunitária que permitem manter responsabilidades apesar da falta de recursos pessoais.
  • Críticas sociais que apontam para prioridades políticas e redistribuição de recursos em vez de resignação individual.

Equivalentes

  • Português (variante)
    Quem não tem dinheiro, não tem cão.
  • Inglês
    If you can't afford to feed a dog, don't get one. (Expresses the same practical warning about lacking means.)
  • Espanhol
    Quien no tiene pan, no tiene perro.