Quem está ocioso inventa ocupações ou cria trabalhos inúteis; critica a tendência de procurar algo para fazer por falta de tarefas relevantes.
Versão neutra
Quem está ocioso inventa ocupações ou tarefas desnecessárias.
Faqs
O que significa exactamente este provérbio? Significa que a falta de ocupação leva as pessoas a inventar tarefas ou a envolver-se em actividades sem importância, muitas vezes criando trabalho desnecessário ou problemas.
Em que situações é apropriado usar este provérbio? Quando alguém perde tempo com pormenores irrelevantes, cria trabalho inútil ou se envolve em mexericos por não ter tarefas úteis. Pode ser usado de forma crítica ou bem-humorada.
É uma expressão ofensiva? Normalmente não é altamente ofensiva; é uma advertência ou observação crítica. Contudo, dependendo do tom e do contexto, pode ser interpretada como reprovação pessoal.
Tem uma origem conhecida? Não há origem documentada precisa; trata-se de um provérbio popular provavelmente de tradição oral, com imagens retiradas do quotidiano rural (colheres de pau).
Notas de uso
Registo coloquial e de uso corrente em Portugal; expressão popular com sabor rural/antigo.
Usa-se para censurar alguém que se entretém com actividades fúteis ou que cria problemas por não ter ocupação.
Pode ter tom jocoso ou reprovador, dependendo do contexto e da entonação.
Não necessariamente implica má intenção; por vezes refere-se apenas à propensão humana para ocupar o tempo com pequenas tarefas.
Exemplos
No escritório começaram a discutir minudências e a reorganizar gavetas; quem não tem que fazer faz colheres de pau.
O avô passava horas a aparar paus sem utilidade; a neta comentou: 'vem daí o ditado — quem não tem que fazer faz colheres de pau'.
Em vez de resolver o problema principal, passaram o dia em pormenores: é um caso clássico de quem não tem que fazer faz colheres de pau.
Variações Sinónimos
Quem não tem com que se entreter, faz colheres de pau
A ociosidade cria ocupações inúteis
Mãos ociosas inventam trabalhos
Relacionados
A ociosidade é mãe de todos os vícios
Mãos ao trabalho
Quem muito fala, pouco faz
Contrapontos
Nem toda ocupação é produtividade — estar ocupado não significa ser eficaz.
Descanso e tempos ociosos também são necessários; a crítica não deve recair sobre quem procura pausa.
Em contextos criativos, alguma ociosidade pode fomentar ideias úteis, não apenas tarefas fúteis.
Equivalentes
inglês Idle hands are the devil's workshop (mãos ociosas são a oficina do diabo).
espanhol Las manos ociosas hacen travesuras (variação com significado semelhante).
francês Les mains inactives sont l'atelier du diable (mãos inactives são a oficina do diabo).