Quem não vê não deseja

Quem não vê não deseja ... Quem não vê não deseja

Não se cria desejo por algo que desconhecemos ou nunca vimos; o apetite surge da exposição ou do conhecimento.

Versão neutra

Não se deseja o que não se conhece

Faqs

  • Este provérbio é a mesma coisa que 'olhos que não veem, coração que não sente'?
    São parecidos: ambos relacionam ausência de contacto com ausência de resposta emocional. Porém, 'quem não vê não deseja' enfatiza especificamente a origem do desejo, enquanto o outro foca mais na ausência de dor ou preocupação.
  • Posso usar este provérbio em textos formais?
    Sim, em contextos explicativos ou ilustrativos é aceitável, mas em linguagem académica convém clarificar o sentido e evitar depender apenas do provérbio.
  • O provérbio ainda vale na era das redes sociais?
    Tem limitações: publicidade, imagens e histórias online podem criar desejo por coisas nunca vistas presencialmente, pelo que o provérbio é menos absoluto hoje.
  • Quando é útil aplicar este provérbio na prática?
    Ao planear divulgação de produtos, ao explicar falta de interesse em algo desconhecido ou ao gerir expectativas sobre pedidos e preferências.

Notas de uso

  • Emprega‑se para explicar por que alguém não ambiciona bens, situações ou relações de que nunca teve contacto ou informação.
  • Registo neutro/informal: adequado em conversas correntes, crónicas ou textos explicativos, menos comum em linguagem muito formal académica.
  • Não implica valor moral — descreve um fenómeno psicológico/social (ausência de estímulo reduz o desejo).
  • Aplicável em contextos de consumo, educação, relações pessoais e gestão de expectativas.
  • Há exceções: a imaginação, relatos, publicidade e redes sociais podem gerar desejo mesmo sem contacto direto.

Exemplos

  • Numa aldeia afastada, os moradores nunca pediram aquele modelo de telemóvel — quem não vê não deseja.
  • Se nunca viste um quadro moderno, dificilmente o irás ansiar; quem não vê não deseja — por isso as galerias procuram mostrar obras a públicos novos.
  • Os pais explicaram que, enquanto a criança não soubesse o que era, não ia pedir brinquedos específicos; a ideia de que quem não vê não deseja foi confirmada.

Variações Sinónimos

  • Não se deseja o que não se vê
  • O que os olhos não vêem, o coração não deseja
  • Não se anseia pelo invisível

Relacionados

  • Olhos que não veem, coração que não sente
  • Longe dos olhos, longe do coração
  • Quem não vê, não sente

Contrapontos

  • A publicidade e as redes sociais criam desejo por produtos e estilos de vida mesmo sem contacto presencial.
  • A imaginação ou relatos de terceiros podem provocar desejo por algo que nunca se viu.
  • Existem desejos por ideias, valores ou estatutos sociais que não dependem da visão direta de um objeto.

Equivalentes

  • inglês
    Out of sight, out of mind
  • espanhol
    Lo que los ojos no ven, el corazón no siente
  • francês
    Loin des yeux, loin du cœur