Quem nasceu para vintém, nunca chega a ser tostão.

Quem nasceu para vintém, nunca chega a ser tostã ... Quem nasceu para vintém, nunca chega a ser tostão.

Afirma que alguém destinado a pouco não alcançará grande riqueza; transmite uma ideia de destino ou limitação permanente.

Versão neutra

Quem está destinado a pouco não se torna rico.

Faqs

  • O que significam 'vintém' e 'tostão'?
    'Vintém' e 'tostão' são denominações de moedas históricas em Portugal, de baixo valor. No provérbio, simbolizam diferente grau de riqueza: 'vintém' = pouco, 'tostão' = mais, mas ainda modesto.
  • É um provérbio apropriado para usar hoje em dia?
    Depende: transmite resignação e pode ser visto como desmotivador ou determinista. Em contextos onde se discute mobilidade social ou incentivo ao esforço, é melhor evitar ou usá-lo criticamente.
  • Pode ser ofensivo dizer isto a alguém?
    Sim. Dizer a alguém que 'nasceu para vintém' implica limitar as suas capacidades e ambições e pode ser desmoralizador. Use com cuidado.

Notas de uso

  • Usado coloquialmente para aceitar ou justificar a falta de progresso económico ou social.
  • Tem um tom fatalista: sugere que a condição inicial limita permanentemente o resultado.
  • Pode servir como conforto resignado, mas também para desincentivar esforço ou ambição.
  • Mais comum em contextos informais; pode ser considerado pessimista ou desmotivador em contextos contemporâneos.

Exemplos

  • Depois de tantas recusas no trabalho, o avô dizia: 'quem nasceu para vintém, nunca chega a ser tostão', como forma de resignação.
  • Quando o projecto falhou, alguns colegas comentaram: 'não adianta lutar tanto; quem nasceu para vintém, nunca chega a ser tostão', embora outros discordassem e promovessem novas tentativas.

Variações Sinónimos

  • Quem nasceu para pobre, nunca morre rico.
  • Nasceu para o vintém, não passa de tostão.
  • Quem está destinado a pouco não passa a muito.

Relacionados

  • Cada macaco no seu galho (cada um no seu lugar)
  • Deus ajuda quem cedo madruga (oposição: aponta ao esforço como caminho)
  • Quem não arrisca não petisca (oposição: incentiva iniciativa contra o fatalismo)

Contrapontos

  • É uma visão determinista que ignora mobilidade social, educação, sorte e esforço.
  • Pode ser usada para desculpar desigualdades estruturais em vez de as combater.
  • Muitos casos de ascensão económica (empreendedorismo, estudos, políticas públicas) mostram que a origem não determina rigidamente o destino.

Equivalentes

  • inglês
    Literal: 'He who was born for a vintém never becomes a tostão.' Não há equivalente exacto; aproximações: 'Born poor, stay poor' (expressão coloquial).
  • espanhol
    Literal: 'Quien nace para vintén, nunca llega a ser tostón.' Equivalente aproximado: 'El que nace pobre, muere pobre.'
  • francês
    Literal: 'Celui qui est né pour un sou ne deviendra jamais une livre.' (tradução literal; sem um provérbio idêntico de uso corrente)