Quem pede a vilão, cansa-se em vão.

Quem pede a vilão, cansa-se em vão.
 ... Quem pede a vilão, cansa-se em vão.

Pedir ajuda ou favor a alguém desonesto, sem boa vontade ou sem meios é inútil; o esforço será desperdiçado.

Versão neutra

Quem pede a alguém sem boa vontade, cansa‑se em vão.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que é inútil pedir ajuda, dinheiro ou favores a quem é desonesto, incapaz ou pouco inclinado a ajudar; o esforço será perdido.
  • Posso usar este provérbio numa conversa formal?
    É melhor evitar: «vilão» é um termo forte e o provérbio tem um registo popular. Em contextos formais prefira linguagem mais neutra, como «não vale a pena insistir com quem não quer colaborar».
  • Há provérbios contrários a esta ideia?
    Sim. Expressões como «Água mole em pedra dura tanto bate até que fura» defendem que a persistência pode resultar, ou «Quem não arrisca, não petisca» encorajam a tentar.
  • Quando é apropriado aplicar este provérbio na prática?
    Quando já há sinais claros de má‑fé, incumprimento repetido ou incapacidade da outra parte e insistir só consome tempo e recursos.

Notas de uso

  • «Vilão» no provérbio tem sentido antigo de pessoa desonesta, má ou sem honra; hoje pode soar forte ou pejorativo.
  • Usa‑se para advertir que não vale a pena insistir com quem não tem intenção ou capacidade de ajudar.
  • Aplicável a pessoas, instituições ou entidades que não cumprem promessas (fornecedores, intermediários, bancos, etc.).
  • Registo popular/provinciano: adequado em conversas informais, menos em contextos formais ou diplomáticos.

Exemplos

  • Depois de várias promessas não cumpridas, concluímos que insistir com aquele fornecedor era inútil — quem pede a vilão, cansa‑se em vão.
  • Não vale a pena pedir mais favores a quem só faz promessas; quem pede a vilão, cansa‑se em vão. Vamos procurar outra solução.
  • Quando o banco recusou explicar o processo, percebemos que insistir seria perda de tempo — quem pede a vilão, cansa‑se em vão.

Variações Sinónimos

  • Quem pede a um desonesto, cansa‑se em vão.
  • Não se pede a quem não dá.
  • Não se tira água de pedra.

Relacionados

  • Não se tira água de pedra — ideia de impossibilidade de conseguir algo de quem não tem ou não quer dar.
  • Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura — contraponto que valoriza a persistência.
  • Quem não arrisca, não petisca — encoraja a tentativa, ao contrário da resignação implícita no provérbio.

Contrapontos

  • Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura — sustenta que a persistência pode vencer a resistência.
  • Quem não arrisca, não petisca — sugere tentar mesmo quando a probabilidade de sucesso é baixa.
  • Por vezes é possível mudar a atitude de alguém com persistência ou argumentos fortes; nem sempre o pedido é totalmente em vão.

Equivalentes

  • inglês
    You can't get blood from a stone.
  • espanhol
    No se puede sacar agua de una piedra.
  • francês
    On ne peut pas tirer d'eau d'une pierre.