Quem quer vai, quem não quer manda

Quem realmente quer alcançar algo toma iniciativa e age; quem não quer agir costuma limitar‑se a dar ordens ou a delegar.

Versão neutra

Os que querem efetuar algo tomam a iniciativa; os que não querem executar limitam‑se a ordenar ou a delegar.

Faqs

• O que significa este provérbio em poucas palavras?
  Significa que a iniciativa e a ação distinguem quem realmente quer algo daqueles que apenas mandam ou criticam sem fazer.
• Quando é apropriado usá‑lo?
  É apropriado em contextos onde se discute responsabilidade, execução de tarefas ou atitude perante um trabalho, mas deve evitar‑se quando há razões objectivas para a inação.
• É um provérbio ofensivo?
  Pode ser percebido como crítico ou acusatório se dirigido a alguém; o tom e o contexto determinam se é ofensivo ou apenas descritivo.

Notas de uso

• Usa‑se para criticar quem fala muito e decide pouco, especialmente em contextos de trabalho ou organização.
• Pode ter tom irónico ou censurador; depende do contexto e do tom de quem o diz.
• Não considera barreiras externas (recursos, poder, incapacidade) — funciona como juízo sobre atitude, não sobre circunstâncias.
• É comum em ambientes onde se valoriza a iniciativa individual e a execução.

Exemplos

• No projecto, eram sempre os mesmos a avançar com as tarefas; os gestores só apareciam para mandar — quem quer vai, quem não quer manda.
• Quando a associação precisava de organizar o evento, quem quisesse ajudar inscreveu‑se e trabalhou; os demais limitaram‑se a impor condições — aplicação típica do provérbio.
• Perante a reforma, alguns propuseram soluções concretas e puseram mãos à obra; outros criticaram sem participar — prova de que quem quer vai, quem não quer manda.

Variações Sinónimos

• Quem quer, faz; quem não quer, manda.
• Quem quer faz; quem não faz, manda.
• Quem quer procura, quem não quer procura desculpas.

Relacionados

• Mais vale um feito do que mil intenções.
• A palavra convence, o exemplo arrasta.
• Quem tudo quer, nada tem.

Contrapontos

• Nem toda a falta de ação resulta de falta de vontade: ausência de recursos, barreiras estruturais ou limitações pessoais também impedem a execução.
• Em funções de liderança, mandar pode ser uma forma legítima de coordenar e delegar responsabilidades — não necessariamente falta de vontade de agir.
• O provérbio simplifica situações complexas e pode culpar indevidamente quem não executa por motivos válidos.

Equivalentes

• inglês
  Those who want to do something will do it; those who don't will give orders or make demands.
• espanhol
  Quien quiere, hace; quien no quiere, manda.
• francês
  Qui veut agir fait; qui ne veut pas agir donne des ordres.