Quem quiser sossego, não se meta ao rego.
Aconselha a evitar envolver‑se em situações problemáticas se se pretende tranquilidade.
Versão neutra
Quem quer sossego deve evitar complicações e não se meter em problemas alheios.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para aconselhar alguém a não se envolver em discussões, conflitos ou assuntos complicados quando isso comprometeria a sua paz ou segurança. - É um provérbio ofensivo?
Geralmente não; é um conselho prudente. Pode ser percebido como desestimulador da intervenção em situações que exigem ação, dependendo do contexto. - O que significa 'rego' neste contexto?
'Rego' refere‑se a uma valeta ou sulco de rega comum em zonas rurais. Metaforicamente significa meter‑se em algo que traz dificuldade ou incómodo. - Devo seguir sempre este conselho?
Não necessariamente. É útil como regra prática para evitar problemas banais, mas deve ser ponderado quando há obrigação moral ou colectiva de agir.
Notas de uso
- Usado como conselho para não procurar nem provocar conflitos ou enredos desnecessários.
- Tem uma imagem literal — evitar entrar no rego/valeta — que reforça a ideia de evitar complicações.
- Pode ser empregue de forma séria ou irónica, dependendo do contexto e do tom.
- Não é um apelo absoluto à passividade: aplica‑se sobretudo quando a intervenção traz mais prejuízo que benefício.
Exemplos
- Quando os dois vizinhos começaram a discutir por causa da cerca, ela suspirou e disse: «Quem quiser sossego, não se meta ao rego», e afastou‑se para não piorar a situação.
- O colega queria ir discutir com o director sem provas; aconselhei‑o: «Se queres descansar, não te metas ao rego — espera por factos concretos.»
- Na internet, diante de um tópico polémico, lembrei‑me do provérbio: às vezes é melhor não comentar para manter o sossego.
Variações Sinónimos
- Quem quer paz, evita confusões.
- Não te metas onde não te chamam.
- Quem procura encrenca, arranja problemas.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Falar é prata, calar é ouro
- Não te metas onde não és chamado
Contrapontos
- Não intervir pode legitimar injustiças; há situações em que ficar de fora é cúmplice.
- A regra de evitar problemas não deve impedir ações necessárias — por exemplo, proteger alguém em perigo ou denunciar um crime.
- Em colectivos, a ausência de intervenção pode perpetuar desequilíbrios; a participação responsável também é importante.
Equivalentes
- inglês
Let sleeping dogs lie / Don't poke the bear (conselho para não provocar problemas). - espanhol
Quien quiere tranquilidad, que no se meta en líos. - francês
Qui veut la paix doit éviter les ennuis.