Quem roga a Deus, não pede ao diabo.
Expressa que quem recorre a ajuda honesta, moral ou legítima não deve também recorrer a meios imorais ou ilícitos.
Versão neutra
Quem procura ajuda honesta não deve recorrer a meios desonestos.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Significa que não se deve procurar ao mesmo tempo ajuda legítima e ajuda ilegítima; aconselha coerência ética nas escolhas. - É um provérbio religioso?
Tem origem em linguagem religiosa (referência a Deus e ao diabo), mas é usado amplamente em sentido moral e prático, não só religioso. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao aconselhar alguém contra recorrer a meios desonestos, ou ao sublinhar que meios honestos e fins desejáveis devem ser consistentes. - Há situações em que o provérbio não se aplica?
Sim — em contextos de emergência, coerção ou onde as fronteiras entre «bem» e «mal» são ambíguas, a aplicação literal pode ser inadequada.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar coerência ética entre os meios escolhidos e os fins pretendidos.
- Frequentemente invocado em contextos morais ou religiosos, mas aplicado em situações práticas (ex.: negócios, política, conflitos pessoais).
- Pressupõe uma distinção clara entre soluções «boas» e «más»; não é absoluto — em situações de emergência pessoas podem escolher soluções ambivalentes.
- Pode servir tanto como reprovação (a quem recorre a meios duvidosos) como conselho preventivo (a quem procura apoio honesto).
Exemplos
- Se quer que o projecto tenha credibilidade, siga as regras: quem roga a Deus, não pede ao diabo — não faça acordos obscuros.
- Na política local, lembraram ao candidato que quem roga a Deus, não pede ao diabo; recusar subornos protege a imagem e a confiança dos eleitores.
Variações Sinónimos
- Quem pede a Deus, não pede ao diabo
- Não se pode servir a Deus e ao Diabo
- Quem busca o bom não deve recorrer ao mau
Relacionados
- Não se pode servir a dois senhores (bíblico)
- Quem com ferro mata, com ferro morre
- A honestidade é o melhor caminho
Contrapontos
- Em situações de sobrevivência ou opressão, pessoas podem recorrer a meios moralmente duvidosos para proteger-se ou proteger outros.
- O provérbio pressupõe uma dicotomia rígida entre bem e mal que nem sempre existe em contextos complexos (compromissos políticos, economia subterrânea).
- Nem todas as culturas têm a mesma noção de «Deus» e «diabo», pelo que a aplicação literal pode falhar em contextos multirreligiosos ou seculares.
Equivalentes
- Inglês
He who begs God does not ask the devil. - Espanhol
Quien ruega a Dios no pide al diablo. - Francês
Qui prie Dieu ne demande pas au diable. - Alemão
Wer zu Gott betet, bittet nicht den Teufel. - Italiano
Chi prega Dio non chiede al diavolo.