Quem semeia abrolhos, não ande descalço.
Quem provoca problemas ou faz mal a outros deve esperar vir a sofrer as consequências dessas acções.
Versão neutra
Quem causa abrolhos deve esperar pisar espinhos.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado como advertência ou comentário moral quando alguém provoca problemas intencionalmente ou por negligência e se quer sublinhar que haverá consequências. - Este provérbio é ofensivo?
Por si só não é ofensivo; é um juízo moral. Pode ser percebido como acusatório se dirigido directamente a alguém, por isso convém usar com cuidado. - Tem origem literária conhecida?
Não há fonte literária única identificada; trata‑se de um dito popular baseado em imagens agrícolas comuns na tradição oral. - Existe uma versão mais moderna ou neutra?
Sim — por exemplo: 'Quem causa problemas deve esperar sofrer consequências', que transmite a ideia sem a imagem agrícola.
Notas de uso
- Usa-se para advertir ou censurar comportamentos que causam dano ou dificuldades a terceiros.
- Tem tom preventivo e moralizador: funciona como aviso sobre responsabilidade e consequência.
- Pode ser usado de forma literal (em contexto rural) ou metafórica (situações sociais, profissionais).
- Em discurso moderno pode soar duro ou acusatório; convém avaliar o contexto antes de usar.
Exemplos
- Se continua a espalhar rumores sobre os colegas, lembre-se: quem semeia abrolhos, não ande descalço — mais cedo ou mais tarde isso volta para si.
- A empresa cortou nos controlos de qualidade para poupar custos; agora sofre com quebras de confiança dos clientes — quem semeia abrolhos, não ande descalço.
- Não maltrates os animais do teu quintal; quem semeia abrolhos não deve estranhar quando surgirem problemas.
Variações Sinónimos
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Quem planta espinhos colhe dores.
- Quem faz o mal, recebe o mal.
Relacionados
- Quem semeia ventos, colhe tempestades
- Cada um colhe o que planta
- Não faças aos outros aquilo que não queres para ti
Contrapontos
- Nem sempre as más acções resultam em consequência directa imediata; há casos de impunidade ou de circunstâncias atenuantes.
- O provérbio pressupõe uma moral de retribuição que pode ignorar factores como arrependimento, reparação e justiça restaurativa.
- Usá‑lo como crítica absoluta pode impedir abordagens construtivas ou empáticas que visem mudança de comportamento.
Equivalentes
- Português (variação)
Quem planta espinhos, não ande descalço. - Inglês
You reap what you sow. - Espanhol
Quien siembra vientos, recoge tempestades. - Francês
Qui sème le vent récolte la tempête. - Latim
Ut sementem feceris, ita metes.