
Advertência para que alguém não se meta em assuntos que não são da sua competência ou que não lhe foram solicitados.
Versão neutra
Não te metas a fazer o que não é da tua competência.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que alguém deve evitar meter‑se em assuntos para os quais não tem competência ou para os quais não foi chamado. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser. É uma expressão crítica que implica que a pessoa não está qualificada; use‑a com cuidado, especialmente em contextos formais. - Qual a relação com o provérbio latino 'Sutor, ne ultra crepidam'?
Ambos exprimem a mesma ideia — que cada pessoa deve limitar‑se ao seu ofício. A forma latina é a origem histórica de versões em várias línguas. - Quando não devo aplicar este provérbio?
Evite usá‑lo quando a pessoa mostra vontade de aprender, em projetos colaborativos ou quando a intervenção não especialista pode ser construtiva.
Notas de uso
- Tom coloquial e proverbially crítico; usado para repreender intromissões.
- Registo informal — pode soar rude se dirigido diretamente a alguém.
- Frequentemente usado em contexto familiar ou entre conhecidos; menos apropriado em contextos formais.
- A forma pode variar regionalmente; por vezes aparece com vírgulas para marcar a invocação ("Quem te manda, sapateiro, tocar rabecão?").
Exemplos
- Quando quis dar opiniões técnicas sobre a obra, o encarregado resmungou: "Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão" e pediu-lhe que se concentrasse nas tarefas dele.
- Ela tentou corrigir o relatório do colega sem ser chamada; ele respondeu calmamente que era melhor não se intrometer — "quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão" — e explicou as decisões tomadas.
Variações Sinónimos
- Quem te manda, sapateiro, tocar rabecão?
- Cada macaco no seu galho
- Zapatero, a tus zapatos
- Sutor, ne ultra crepidam (latim)
Relacionados
- Cada macaco no seu galho — recomenda limitar‑se à própria área de competência.
- Não te metas onde não te chamaram — expressão com sentido próximo.
- Sutor, ne ultra crepidam — provérbio latino que influenciou várias línguas.
Contrapontos
- O ditado desencoraja iniciativa e aprendizagem por tentativa, sobretudo em contextos onde a interdisciplinaridade é valorizada.
- Pode silenciar contributos válidos de quem, embora não seja especialista, oferece perspetivas úteis.
- Em ambientes colaborativos modernos, é preferível avaliar a intenção e o conhecimento prático antes de rejeitar a intervenção.
Equivalentes
- Latim
Sutor, ne ultra crepidam (Cobbler, not beyond the shoe) - Inglês
Let the cobbler stick to his last / Mind your own business - Espanhol
Zapatero, a tus zapatos - Alemão
Schuster, bleib bei deinem Leisten