Quem tem medo do lobo, não entre no bosque
Aconselha que quem teme um perigo deve evitar a situação que o envolve; também pode exortar a coragem e a assunção de riscos quando se quer atingir algo.
Versão neutra
Se tens receio do perigo, evita entrar na situação que o contém.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
A origem específica não é documentada; trata-se de um ditado popular com construção metafórica comum em várias línguas, transmitido oralmente. - Significa que devo ignorar todos os perigos?
Não. O provérbio contrapõe receio e ação: pode encorajar a assumir riscos, mas não dispensa avaliação e prudência. - Em que contextos é apropriado usá-lo?
Em discussões sobre oportunidades e riscos — por exemplo, carreira, investimentos ou desporto — onde se pretende enfatizar a necessidade de enfrentar desafios. - Há variações modernas ou formas neutras?
Sim. Formas neutras explicativas como 'Se temes o perigo, evita a situação' são usadas em contextos mais formais.
Notas de uso
- Usa-se sobretudo em contextos em que se discute risco versus benefício, trabalho ou decisões pessoais.
- Tom figurado: o 'lobo' representa perigo, dificuldade ou oposição; o 'bosque' representa a situação ou oportunidade.
- Registo: coloquial, adequado em conversas informais e textos de opinião; em contextos formais pode ser substituído por uma formulação mais direta.
- Cuidado: pode ser interpretado como desvalorização de receios legítimos; nem sempre promove prudência.
Exemplos
- Quando o chefe falou em viajar para negociar fora do país, ela respondeu: 'Quem tem medo do lobo, não entre no bosque' — não gostava de arriscar a sua segurança pessoal.
- O treinador disse aos jogadores que, se querem competir ao mais alto nível, não podem recuar por medo: 'Quem tem medo do lobo, não entre no bosque' — é preciso enfrentar adversários fortes para evoluir.
- Na reunião de investimento, ouviu-se alguém dizer a propósito dos riscos: 'Quem tem medo do lobo, não entre no bosque', sugerindo que quem hesita perde oportunidades.
Variações Sinónimos
- Quem teme o lobo, não vá ao bosque
- Quem tem medo do lobo, não vá ao bosque
- Quem tem medo do lobo, fica fora do bosque
- Quem tem medo do perigo, evite a situação
Relacionados
- Quem não arrisca, não petisca
- Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
Contrapontos
- Mais vale prevenir do que remediar — alerta que evitar riscos é, por vezes, a opção sensata.
- Nem todo o risco compensa; prudência e avaliação são necessárias antes de entrar em situações perigosas.
- Ignorar medos legítimos pode levar a consequências graves; coragem não é sinónimo de imprudência.
Equivalentes
- inglês
He who is afraid of the wolf should not go into the forest (literal) / Nothing ventured, nothing gained (sentido análogo). - espanhol
Quien tiene miedo del lobo, que no entre en el bosque (literal) / Quien no se arriesga no gana. - francês
Qui a peur du loup ne va pas dans la forêt (literal) / Qui ne risque rien n'a rien (equivalente).