Quem vive como um diabo, torna-se um demônio.
Proverbios Judaicos
Os hábitos e condutas repetidas moldam o carácter: quem vive de forma perversa ou excessivamente nociva acaba por se tornar uma pessoa má ou perigosa.
Versão neutra
Quem vive mal, torna-se mau.
Faqs
- Este provérbio tem origem religiosa?
A imagem do diabo/demónio é de raiz religiosa e moral, mas o provérbio é popular e entrou na linguagem comum como metáfora sobre carácter e hábito, não necessariamente como declaração teológica. - Posso usar este provérbio num contexto profissional?
Com cautela. Serve para advertir sobre práticas prejudiciais (ex.: corrupção, comportamento tóxico), mas o tom moralizante pode ser contraproducente em ambientes que exigem linguagem neutra e focada em soluções. - É adequado dizer isto sobre alguém com dependência ou doença mental?
Não. O provérbio simplifica e moraliza comportamentos que muitas vezes resultam de fatores complexos. Em casos de dependência ou doença mental prefere uma linguagem empática e orientada para apoio e tratamento.
Notas de uso
- Usado como advertência sobre as consequências de atitudes imorais ou autodestrutivas.
- Emprega metáfora religiosa (diabo/demónio); pode soar moralizante ou forte em contextos sensíveis.
- Adequado em conselhos educativos, críticas éticas ou reflexões sobre a formação do carácter, mas evite labelling pejorativo em debates sobre saúde mental ou exclusão social.
- Pode ser aplicado literal ou figurativamente (por exemplo, a ambientes de trabalho tóxicos, vícios ou corrupção).
Exemplos
- Depois de anos a enganar clientes e a mentir aos parceiros, era natural que a sua reputação ficasse arruinada — quem vive como um diabo, torna-se um demónio.
- Quando um jovem passa o tempo entre más companhias e práticas perigosas, os pais costumam usar o provérbio para explicar que hábitos repetidos transformam o comportamento.
Variações Sinónimos
- Quem vive mal, torna-se mau.
- O hábito faz o monge (variação que destaca o peso do hábito na identidade).
- Quem semeia ventos, colhe tempestades (análoga quanto às consequências das ações).
Relacionados
- O hábito faz o monge.
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Diz-me com quem andas e dir‑te‑ei quem és.
Contrapontos
- Nem todas as pessoas ficam irremediavelmente definidas pelos seus atos passados; ambiente, educação, apoio social e intervenção podem permitir mudança e reabilitação.
- A expressão pode ignorar fatores estruturais (pobreza, discriminação, dependência) que influenciam o comportamento e reduzi-los a falha moral individual.
- Advertência moral perde validade se usada para estigmatizar pessoas em situações de vulnerabilidade ou doença.
Equivalentes
- Inglês
He who lives like the devil will become a demon. (ou idiomaticamente: If you live badly, you'll become bad.) - Espanhol
Quien vive como un diablo, se convierte en un demonio. - Francês
Qui vit comme un diable devient un démon. - Alemão
Wer wie der Teufel lebt, wird zum Dämon.