Rico é o que se contenta com pouco.
A verdadeira riqueza é o contentamento: quem se satisfaz com pouco tem bem‑estar independentemente das posses materiais.
Versão neutra
Uma pessoa é rica quando se contenta com o que tem, mesmo que isso seja pouco.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
Trata‑se de um provérbio popular de origem incerta, presente na tradição oral portuguesa e paralelo a ideias antigas do estoicismo sobre ter poucas necessidades. - Devo levar a frase ao pé da letra?
Como conselho moral, a frase incentiva o contentamento e a moderação. Não deve, porém, ser usada para ignorar necessidades básicas ou justificar falta de apoios sociais. - O provérbio é compatível com ambição e progresso?
Sim, desde que interpretado como valorização do equilíbrio: é possível ambicionar melhorias materiais sem perder a capacidade de apreciar o que já se tem. - Pode ser ofensivo em contextos de pobreza?
Pode ser percebido como insensível se aplicado para justificação de condições precárias. É importante distinguir ensinamento ético de responsabilidade social.
Notas de uso
- Usa‑se para valorizar a moderação, a frugalidade e o contentamento pessoal.
- Frequentemente empregado em conselhos sobre poupança, minimalismo ou satisfação com o essencial.
- Pode ser usado pedagogicamente com crianças e jovens para ensinar a valorizar o que têm.
- Deve evitar‑se usar este provérbio para desvalorizar ou justificar situações de pobreza forçada ou desigualdade estrutural.
Exemplos
- Depois de reduzir as despesas e simplificar a rotina, a Maria percebeu que era mais feliz com menos — compreendeu que rico é o que se contenta com pouco.
- Ao aposentarem‑se, o casal trocou o consumo excessivo por tempo livre e relações próximas; para eles, rico é o que se contenta com pouco.
- Num debate sobre rendimento mínimo, alguém lembrou o provérbio para salientar o valor do contentamento, mas outro participante avisou que a frase não dispensa políticas sociais.
Variações Sinónimos
- Rico é aquele que se contenta com pouco.
- Quem se contenta é rico.
- Satisfeito é mais rico que o ambicioso.
- Feliz com pouco, rico por direito.
Relacionados
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Mais vale pouco e certo do que muito incerto.
- Não há melhor tesouro que a satisfação.
- A pouca coisa bem guardada vale mais do que muito desperdiçado.
Contrapontos
- Ignora desigualdades: contentamento não substitui necessidade de salário digno, acesso a saúde e educação.
- Pode ser usado para legitimar exploração ou salários baixos, alegando que as pessoas 'devem' contentar‑se.
- Nem sempre aplicável em situações de privação grave onde 'pouco' não garante condições mínimas de vida.
- Valoriza o bem‑estar subjetivo, mas não aborda a melhoria material legítima por esforço ou inovação.
Equivalentes
- inglês
He is rich who is content. - espanhol
Rico es el que se contenta con poco. - francês
Riche est celui qui se contente de peu.