Se as armas falam, as leis se calam.
Quando a força ou a violência prevalecem, o direito e a justiça deixam de ser aplicados ou respeitados.
Versão neutra
Quando a força prevalece, a lei fica em silêncio.
Faqs
- O provérbio é literal ou figurado?
É figurado: usa a expressão de armas a falar para indicar que a violência ou o poder coercivo suprimem a aplicação ou o respeito pelas leis. - Em que contextos é apropriado usar este provérbio?
Em análises políticas, históricas ou jurídicas para criticar situações em que o uso da força anula a legalidade — por exemplo, golpes, repressões ou actos de intimidação que subvertem o Estado de direito. - O provérbio sugere inevitabilidade?
Nem sempre. Pode expressar constatação histórica, aviso ou crítica. Em alguns discursos serve de alerta para prevenir que a violência substitua as instituições legais. - É um provérbio usado em registos formais?
Pode aparecer em textos formais (artigos, ensaios, discursos) mas também em linguagem quotidiana; o tom deve ser adequado ao público e ao contexto.
Notas de uso
- Emprega-se para criticar situações em que o poder coercivo substitui processos legais — por exemplo, golpes de Estado, repressão violenta ou intimidação.
- Tem tom warning/observacional e é usado em contextos políticos, jurídicos e históricos.
- Não implica que leis deixam de existir literalmente, mas que deixam de ser praticadas ou respeitadas enquanto a força vigorar.
- Uso registado em registos formais e informais; tom pode ser crítico, moralizador ou fatalista, conforme o contexto.
Exemplos
- Durante o golpe militar, muitos cidadãos repetiam: «Se as armas falam, as leis se calam», lamentando o fim da ordem constitucional.
- Num debate sobre violência policial, um interveniente disse que quando as forças usam demasiada força, «as leis calam» e a confiança pública na justiça desaparece.
Variações Sinónimos
- Quando a força fala, a lei cala-se.
- Onde reina a violência, cala-se a justiça.
- A lei fica muda perante as armas.
- A lei do mais forte.
Relacionados
- A lei é igual para todos (contraponto normativo).
- A força faz o direito (variação crítica).
- Quem tem mais poder impõe a sua vontade (observação sociopolítica).
Contrapontos
- A lei é feita para todos — sublinha a primazia do direito sobre a arbitrariedade.
- A justiça tarda, mas não falha — confiança na aplicação legal apesar de atrasos.
- Palavra bem dita convence mais que violência — valoriza o diálogo e a persuasão.
Equivalentes
- Inglês
When the sword speaks, the law is silent. - Castelhano
Cuando hablan las armas, callan las leyes. - Francês
Quand les armes parlent, les lois se taisent. - Latim (tradução livre)
Dum arma loquuntur, leges tacent.