Se dás, esquece; se receberes, recorda
Conselho ético que recomenda dar sem esperar reconhecimento e, ao receber ajuda, conservar a memória e gratidão por quem ajudou.
Versão neutra
Quando deres, não exijas reconhecimento; quando receberes, lembra‑te de quem te ajudou.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Usa‑o para aconselhar generosidade desinteressada ou para lembrar alguém a importância da gratidão depois de receber ajuda. - Significa que nunca devo esperar reconhecimento?
Não necessariamente. O provérbio encoraja não condicionar a dádiva à retribuição imediata, mas não proíbe pedir reconhecimento justo em situações profissionais ou em caso de abuso. - Pode este provérbio promover exploração de quem dá?
Sim, se for aplicado literalmente sem fronteiras. É importante equilibrar generosidade com proteção dos próprios limites e comunicar expectativas quando necessário.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar atitudes generosas sem procurar recompensa visível.
- Aplica-se tanto a bens materiais como a favores e apoio emocional.
- Tom formal ou informal; adequado em contextos pessoais, familiares e comunitários.
- Não deve ser usado para justificar exploração de quem dá — importa também proteger limites pessoais.
- Pode servir para reforçar a importância da gratidão e das relações de reciprocidade.
Exemplos
- Quando paguei a consulta do meu vizinho, segui o princípio: dei e não esperava retribuição; ele, quando recebeu a ajuda, não a esqueceu e convidou‑me para um almoço de agradecimento.
- Na equipa, o chefe lembrou‑se do provérbio: se dás, esquece; se receberes, recorda — por isso incentivou os colaboradores a ajudar sem procurar elogios, mas também a reconhecer quem os apoiou.
- Depois de emprestar dinheiro ao amigo, ela decidiu não cobrar lembranças constantes; e quando foi ajudada mais tarde, não deixou de agradecer e lembrar quem a tinha apoiado.
Variações Sinónimos
- Quem dá esquece; quem recebe lembra
- Dá sem esperar, lembra quando recebes
- Dar sem esperar recompensa; receber e lembrar
Relacionados
- A gratidão é a memória do coração
- Dar sem olhar a quem (no sentido de generosidade desinteressada)
- Quem dá muito não deve lembrar, quem recebe deve ser grato
Contrapontos
- Pode ser interpretado como incentivo à assimetria: se uma pessoa der frequentemente e esquecer, pode ser explorada por outros.
- Na prática, é razoável combinar generosidade com limites e comunicação para evitar abuso.
- Valorizar apenas a memória de quem recebe pode negligenciar a necessidade de reconhecimento justo em ambientes profissionais.
Equivalentes
- Inglês
Give and forget; receive and remember. - Espanhol
Da y olvida; recibe y recuerda. - Francês
Donne et oublie ; reçois et souviens‑toi.