Se eu fora adivinha, não fora mesquinha.
Ironiza a ideia de que, se alguém pudesse prever o futuro, agiria com mais generosidade ou de forma diferente do que age agora.
Versão neutra
Se eu fosse adivinha, não seria mesquinha.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa, de forma irónica, que se alguém pudesse prever o futuro agiria com mais generosidade ou de modo diferente do que age agora. - Quando se usa este provérbio?
Usa‑se em contexto informal para comentar uma recusa, justificar uma atitude mesquinha ou brincar sobre como o conhecimento do futuro mudaria o comportamento. - Qual a origem da forma 'fora' em vez de 'fosse'?
'Fora' é uma forma arcaica do pretérito mais‑que‑perfeito do conjuntivo em português. Hoje é mais comum 'se eu fosse', mas a forma antiga mantém um sabor popular e regional. - Posso usar a versão masculina?
Sim. As variantes de género são frequentes: 'Se eu fosse adivinho, não seria mesquinho' mantém o mesmo sentido.
Notas de uso
- Registo informal e frequentemente usado com tom irónico ou jocoso.
- Emprega‑se para justificar uma recusa atual ou para insinuar que a pessoa agiu com avareza por não conhecer as consequências futuras.
- Pode aparecer em contextos familiares, conversas coloquiais e textos populares; não é expressão formal.
- Forma antiga do verbo 'ser' com 'fora' (pretérito mais-que-perfeito do conjuntivo) — hoje mais corrente dizer 'se eu fosse'.
Exemplos
- Quando o vizinho recusou emprestar dinheiro, ela riu e disse: «Se eu fora adivinha, não fora mesquinha», insinuando que dava se soubesse do problema.
- Ao ouvir a proposta de negócio, ele comentou ironicamente: «Se eu fora adivinha, não fora mesquinha», como se dissesse que agiria diferente se previsse o lucro.
Variações Sinónimos
- Se eu fosse adivinha, não seria mesquinha. (forma moderna)
- Se eu fora adivinha, não fora mão‑de‑vaca. (coloquial)
- Se eu fosse adivinho, não seria mesquinho. (variante masculina)
- Se eu soubesse do futuro, seria mais generoso.
Relacionados
- Se eu soubesse, tinha feito diferente. (frase próxima em sentido)
- Quem viver verá. (remoço sobre o futuro)
- Mais vale prevenir do que remediar. (ênfase na prudência em vez de prever)
Contrapontos
- Mais vale prevenir do que remediar. (valorização da prudência e da poupança)
- Quem poupa tem para mais tarde. (defende a contenção em vez de generosidade impulsiva)
- Não prometas o que não podes cumprir. (contraponto à generosidade condicionada ao conhecimento prévio)
Equivalentes
- English
If I were a fortune‑teller, I wouldn't be stingy. - Español
Si yo fuera adivina, no sería tacaña. - Français
Si j'étais voyante, je ne serais pas avare.