Se sou tolo, metam‑me o dedo na boca.

Se sou tolo, metam-me o dedo na boca.
 ... Se sou tolo, metam-me o dedo na boca.

Expressão irónica para rejeitar a ideia de se ser ingénuo ou facilmente enganado; equivale a 'não me tomem por parvo'.

Versão neutra

Não me tomem por tolo; não sou ingénuo nem facilmente enganado.

Faqs

  • O que significa exactamente o provérbio?
    É uma frase hiperbólica usada para negar que se é ingénuo ou facilmente enganado; funciona como recusa, muitas vezes com tom irónico ou indignado.
  • Quando devo usá‑lo?
    Em contextos informais, quando alguém tenta enganar‑o ou quando se quer mostrar descrença face a algo absurdo. Evite‑o em situações formais ou com desconhecidos para não soar ofensivo.
  • É ofensivo?
    Depende do tom e do contexto. Geralmente é contundente e pode ser interpretado como rude se usado agressivamente; noutras situações funciona como ironia bem‑humorada.
  • Qual é a origem desta expressão?
    Não há referência histórica clara. Trata‑se de uma expressão popular e coloquial cuja formulação literal é hiperbólica, usada na fala quotidiana em Portugal.
  • Posso usar uma versão mais educada?
    Sim. Formulações como 'Não me tomem por ingénuo' ou 'Não me subestimem' preservam o sentido sem a brusquidão da expressão original.

Notas de uso

  • Uso coloquial e muitas vezes irónico ou indignado; não é adequado em registos formais.
  • Freqüentemente dito em resposta a uma acusação de ingenuidade ou quando alguém tenta enganar o interlocutor.
  • Pode soar brusco; dependendo do contexto, transmite humor ou defesa agressiva da própria perspicácia.
  • Evita uso literal (não se refere realmente a pôr um dedo na boca) — trata‑se de hipérbole.

Exemplos

  • Quando o vendedor tentou empurrar um produto defeituoso a preço cheio, ele respondeu: 'Se sou tolo, metam‑me o dedo na boca' — não ia comprar sem garantias.
  • Ao ouvir a promessa exagerada do político, Maria murmurou: 'Se sou tolo, metam‑me o dedo na boca', mostrando descrença e cautela.
  • No trabalho, depois de receber um prazo irrealista sem recursos, ele disse sarcasticamente: 'Se sou tolo, metam‑me o dedo na boca' e pediu condições concretas.

Variações Sinónimos

  • Não me tomes por tonto.
  • Não sou parvo.
  • Não me subestimes.
  • Não me faças de idiota.

Relacionados

  • Quem muito acredita, pouco sabe (avisa contra demasiada confiança).
  • Mais vale precaver‑se do que remediar (valoriza a cautela).
  • Não ponhas a carroça à frente dos bois (atenção e juízo ao actuar).

Contrapontos

  • Quem não arrisca não petisca (defende assumir riscos, mesmo com possível ingenuidade).
  • Confia, mas verifica (sugere equilíbrio entre confiança e verificação, em oposição ao encerramento total sobre a possibilidade de ser enganado).

Equivalentes

  • Português (variante literal)
    Se sou tolo, metam‑me o dedo na boca.
  • Inglês (equivalente de sentido)
    Don't take me for a fool.
  • Espanhol
    No me tomes por tonto.
  • Francês
    Ne me prenez pas pour un imbécile.
  • Alemão
    Haltet mich nicht für dumm.