Só se sabe quanto vale a água quando a fonte seca.
Só se reconhece o valor de algo quando o perdemos ou quando deixa de estar disponível.
Versão neutra
Só se reconhece o valor de algo quando o perdemos.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
A origem exata é incerta; trata-se de um provérbio popular presente em várias línguas, refletindo uma observação prática sobre apreciação e perda. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer alertar para a tendência de subestimar algo enquanto está disponível, ou para justificar ações de prevenção e conservação. - Tem conotação moral ou apenas prática?
Pode ter ambas: serve como aviso prático sobre gestão de recursos e como crítica moral à ingratidão e ao desleixo. - Existe uma versão mais neutra para contextos formais?
Sim. Uma versão neutra: "Só se reconhece o valor de algo quando o perdemos." — adequada em textos analíticos ou formais.
Notas de uso
- Usa-se para alertar sobre a tendência humana de subestimar recursos ou relações enquanto estão disponíveis.
- Aplicável a bens materiais (água, dinheiro), serviços (saúde, eletricidade) e relações pessoais (amizade, confiança).
- Empregado tanto como aviso para poupança e preservação como crítica a comportamentos de ingratidão ou desleixo.
- Tom cuidado: pode ser usado de forma lamentosa (já era tarde) ou preventiva (incentivo à conservação).
Exemplos
- Após vários dias sem água na aldeia, os habitantes repetiam: só se sabe quanto vale a água quando a fonte seca.
- Quando o médico se reformou, a clínica ficou desorganizada e a equipa percebeu que só se sabe quanto vale a água quando a fonte seca.
- Cortaram as verbas para a conservação do património e, quando edifícios tiveram de ser encerrados, tornou-se claro que só se sabe quanto vale a água quando a fonte seca.
Variações Sinónimos
- Não se sabe o preço da água enquanto a fonte corre.
- Só damos valor quando perdemos.
- Quando a fonte seca, reconhece-se o valor da água.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Dar valor às pequenas coisas (dizer popular, não estritamente proverbial).
- Não deixes para amanhã o que podes conservar hoje (variação de sentido preventivo).
Contrapontos
- Há quem não sinta falta do que nunca conheceu (nem sempre a perda gera reconhecimento).
- Quando uma fonte seca, pode surgir outra — nem tudo se perde definitivamente (visão otimista).
- Nem sempre a consciência tardia leva a mudança de comportamento; reconhecer algo não é o mesmo que valorizá-lo.
Equivalentes
- Inglês
You don't know the value of water until the well runs dry. - Espanhol
No se sabe lo que se tiene hasta que lo pierde. - Francês
On ne reconnaît la valeur de l'eau que lorsque la source est tarie. - Alemão
Man weiß erst den Wert des Wassers, wenn die Quelle versiegt.