Tem mais aquele que menos deseja.
Quem controla os desejos e se contenta com pouco vive como se tivesse mais; o verdadeiro 'ter' relaciona‑se com satisfação, não apenas com posse material.
Versão neutra
Quem deseja menos tem mais.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em conversas sobre consumismo, hábitos de vida, bem‑estar subjetivo ou quando se quer destacar a importância do contentamento em vez da acumulação de bens. - Significa que não devemos ter ambição?
Não necessariamente. O provérbio valoriza o equilíbrio: sugere que a redução de desejos pode aumentar a sensação de posse e liberdade, sem impedir ambição prudente e orientada. - Como aplicar este princípio na prática?
Práticas úteis incluem reduzir compras impulsivas, definir prioridades claras, cultivar gratidão pelas coisas já possuídas e avaliar objetivos com base em significado, não só em estatuto. - É um provérbio religioso ou filosófico?
É um dito da sabedoria popular que encontra ecos em várias tradições religiosas e filosóficas (como o estoicismo e o budismo), mas não pertence exclusivamente a nenhuma.
Notas de uso
- Usa‑se para valorizar o contentamento e criticar o desejo excessivo por bens ou posições sociais.
- Aparece em contextos pessoais (felicidade, estilo de vida) e éticos (moderação, temperança).
- Não é necessariamente um apelo à apatia: pode ser interpretado como defesa do equilíbrio entre ambição e satisfação.
Exemplos
- Depois de reduzir despesas e viver com menos supérfluos, o João sentiu‑se mais livre; como diz o provérbio, tem mais aquele que menos deseja.
- Numa discussão sobre consumismo, Maria lembrou‑se de que, por vezes, ter menos desejos traz mais tranquilidade: quem deseja menos tem mais.
Variações Sinónimos
- Quem pouco deseja, muito tem.
- Quem se contenta é rico.
- Menos desejos, mais paz.
- A felicidade está no contentamento.
Relacionados
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Contentamento traz felicidade.
- Mais vale pouco e bom do que muito e preocupado.
Contrapontos
- O provérbio pode ser visto como limitador da ambição: em alguns contextos, desejar mais motiva inovação, esforço e progresso.
- Desejar menos não resolve questões estruturais de pobreza; constitui uma atitude pessoal que não substitui políticas sociais.
- Interpretações extremas podem levar à passividade ou resignação perante injustiças.
Equivalentes
- Inglês
He who wants less is richer (or simply: Less is more / Contentment is wealth). - Espanhol
Quien menos desea, más tiene. - Francês
Qui se contente de peu est riche. - Alemão
Wer wenig begehrt, hat viel.