Tenhas porcos e não tenhas olhos.
Advertência contra a ostentação ou o apego excessivo às posses: melhor não mostrar nem ficar demasiado apegado ao que se tem.
Versão neutra
Se tiveres porcos, não os exibas nem te apegues demasiado a eles.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para aconselhar alguém a não ostentar bens nem a criar apego excessivo às posses, sobretudo quando há risco de inveja, roubo ou perda. - É um provérbio ofensivo?
Não; é um conselho prudente. Pode, no entanto, ser interpretado como crítica àqueles que exibem riqueza. - Tem origem conhecida?
Não há referência documentada clara da sua origem; é provável que venha do contexto rural/livreiro, onde o gado era bem valioso e vulnerável.
Notas de uso
- Provérbio de origem rural, usado figurativamente para falar de bens, dinheiro ou vantagens.
- Pode ter duas leituras: (a) não faças ostentação para evitar inveja, roubo ou perda; (b) não te apegues tanto a algo para não sofrer quando o perderes.
- É mais comum em registos informais e em conversas coloquiais; pode soar arcaico ou regional nalgumas zonas.
Exemplos
- Ele ganhou muito com o negócio, mas o avisei: tenhas porcos e não tenhas olhos — não convém andar a ostentar riqueza na vila.
- Depois daquele desaire, percebeu que tinha sido demasiado confiante; aprendeu a lição: tenhas porcos e não tenhas olhos.
Variações Sinónimos
- Não mostres o que tens
- Não faças ostentação
- Não te apegares ao que é vulnerável
Relacionados
- Não vendas a pele do urso antes de o matar
- Quem mostra o ouro chama ladrão (variação popular: quem mostra o ouro chama a cobiça)
Contrapontos
- Quem não aparece, não é visto — importância de mostrar para promover (contexto comercial)
- Mostrar o que se tem pode ser sinal de confiança e afirmação social, não só de ostentação
Equivalentes
- inglês
Don't show your hand / Don't flaunt what you have - espanhol
No muestres lo que tienes - francês
Ne montre pas ce que tu as