Ter a paciência de Jó

Ter a paciência de Jó.

Ter uma paciência extraordinária, muita calma face a dificuldades ou irritações prolongadas.

Versão neutra

Ter uma paciência extraordinária

Quem foi Jó e por que é associado à paciência?
Jó é uma personagem bíblica do Livro de Job, conhecida por manter a fé e a calma perante sofrimentos e perdas severas. A sua história tornou-se símbolo de resistência paciente, daí a expressão.
Quando devo usar este provérbio?
Use-o para elogiar alguém que demonstra grande calma diante de dificuldades ou irritações prolongadas. Pode ser usado também ironicamente para sublinhar que a paciência de alguém está a ser posta à prova.
A expressão tem conotação religiosa?
Sim: a origem é bíblica, por isso traz uma referência religiosa/cultural. Em contextos seculares ou multiculturais, prefira versões neutras como 'ter uma paciência extraordinária'.
A paciência de Jó é sempre positiva?
Nem sempre. Embora muitas vezes louvada, paciência excessiva pode significar tolerância a situações injustas; é importante equilibrar paciência com ação quando necessário.

Usa-se para louvar ou destacar alguém que tolera contratempos, provocações ou sofrimentos sem se exasperar.
Pode ser usado de forma elogiosa ou irónica, dependendo do contexto e entoação.
Tem uma conotação cultural/religiosa por referir uma figura bíblica; em contextos laicos pode preferir-se uma versão neutra.
Não implica necessariamente resignação passiva; pode ser compatível com perseverança activa.

Depois de horas a explicar de novo o mesmo procedimento, o professor mostrou a paciência de Jó e continuou a ajudar todos os alunos.
Disseram-lhe, meio a brincar, que tinha a paciência de Jó por aturar as reclamações diárias dos clientes sem perder a calma.
Ela teve a paciência de Jó para acompanhar o tratamento longo do filho e organizar todas as consultas sem se descontrolar.
Quando o autocarro avariou e a fila se estendeu por horas, o motorista precisou de ter a paciência de Jó para acalmar os passageiros.

Paciência excessiva pode encobrir passividade ou tolerância a situações injustas.
Nem sempre é apropriado adiar acção: por vezes é necessário intervir em vez de apenas suportar.
Confundir paciência com aceitação incondicional de abuso ou exploração.