Uma coisa é ver, outra, ouvir

Uma coisa é ver, outra, ouvir.
 ... Uma coisa é ver, outra, ouvir.

Diferencia experiência directa (ver) de informação de terceiros (ouvir): aquilo que se vê tende a ser mais convincente ou fiável do que aquilo que se ouve.

Versão neutra

Ver não é o mesmo que ouvir.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Usa-se quando se quer enfatizar que a observação directa ou a experiência pessoal têm mais peso do que relatos alheios; é comum em discussões sobre provas, relatos ou descrições.
  • O provérbio sugere que nunca devemos confiar no que ouvimos?
    Não necessariamente; indica cautela. Reconhece-se o valor dos relatos, mas lembra-se que a verificação directa costuma ser mais convincente.
  • É rude dizer isso a alguém que relata um acontecimento?
    Depende do tom e do contexto. Pode soar desconfiado se dito abruptamente; é preferível pedir mais informação ou sugerir verificação de forma diplomática.

Notas de uso

  • Usa-se para salientar a importância da observação directa em contraste com rumores, relatos ou descrições.
  • Registo coloquial; apropriado em conversas informais ou explicativas. Em contextos formais, pode preferir-se uma formulação mais neutra, como «ver não é o mesmo que ouvir».
  • Não implica necessariamente desconfiança absoluta das testemunhas; sublinha apenas que a percepção imediata costuma ter mais impacto.
  • Pode ser usado tanto para defender cautela antes de aceitar alegações como para justificar verificação de factos.

Exemplos

  • Quando lhe contaram a história, recusou acreditar — uma coisa é ouvir, outra é ver; só passou a acreditar quando esteve lá.
  • No debate sobre as obras, o engenheiro disse que opiniões há muitas, mas que uma vistoria é essencial: «uma coisa é ver, outra, ouvir».
  • Os amigos diziam que a casa era bonita, mas quando a visitei percebi logo a diferença — ouvir não substitui ver.

Variações Sinónimos

  • Ver não é o mesmo que ouvir.
  • Há uma grande diferença entre ver e ouvir.
  • Ouvir é uma coisa; ver, outra.
  • Não é o mesmo ouvir dizer do que ver com os próprios olhos.

Relacionados

  • Ver para crer.
  • Não há nada como ver com os próprios olhos.
  • Convém verificar antes de concluir.

Contrapontos

  • Relatos bem documentados e testemunhos podem ser fiáveis mesmo sem observação directa.
  • Em algumas situações (perícias científicas, provas documentais) a interpretação de dados pode ser mais importante do que a observação imediata.
  • A experiência pessoal pode ser enganadora; ver não garante sempre a verdade (ilusões, contextos enganosos).

Equivalentes

  • Inglês
    Seeing is believing / I'll believe it when I see it.
  • Espanhol
    Ver para creer.
  • Francês
    Voir, c'est croire.