Vê-se com prazer a cara do amigo e os pés do inimigo.
Exprime a alegria pela presença do amigo e o prazer ou alívio ao ver o inimigo afastar‑se ou ser derrotado.
Versão neutra
Alegra‑se ver o amigo e também ver o inimigo partir.
Faqs
- Significa desejar mal ao inimigo?
Nem sempre. Muitas vezes refere‑se apenas ao alívio ou satisfação por ver o inimigo partir ou ser derrotado; noutras interpretações, contudo, pode implicar prazer com o infortúnio alheio. - É apropriado usar este provérbio em contexto formal?
Não é aconselhável em contextos formais nem em negociações, porque pode ser recebido como hostil ou pouco profissional. - Quando é apropriado usá‑lo?
Em conversas informais, anedóticas ou em comentários sobre rivalidades já resolvidas; serve para exprimir alívio e alegria pela presença de amigos e pelo afastamento de adversários. - Qual é a origem deste provérbio?
A origem concreta não é claramente documentada; trata‑se de um ditado de tradição oral presente na cultura portuguesa e em variantes noutras línguas.
Notas de uso
- Uso comum em linguagem informal e proverbial para distinguir sentimentos positivos em relação a amigos e satisfação pela derrota ou partida de inimigos.
- Pode transmitir tanto prazer inocente pela companhia do amigo como um grau de schadenfreude (alegria com o infortúnio alheio) relativamente ao inimigo; o contexto determina se é jocoso ou azedo.
- Evita‑se em contextos formais ou quando se pretende manter um tom reconciliador, porque pode soar vingativo.
- Origem não claramente documentada: trata‑se de provérbio de tradição oral, amplamente conhecido em variantes na língua portuguesa.
Exemplos
- Quando o antigo rival saiu da empresa, comentaram com aquela frase antiga: «Vê‑se com prazer a cara do amigo e os pés do inimigo.»
- Na festa todos ficaram contentes ao rever velhos amigos; quando o provocador saiu, alguém murmurou o provérbio, meio a brincar, meio a sério.
Variações Sinónimos
- Vê‑se bem a cara do amigo e os pés do inimigo.
- É bom ver o amigo e ver o inimigo partir.
- Gosta‑se da cara do amigo e dos pés do inimigo.
Relacionados
- Não se conhece o amigo senão na desgraça.
- Amigo na necessidade é amigo de verdade.
- Quem não deve, não teme.
Contrapontos
- É preferível procurar reconciliação do que alegrar‑se com o infortúnio do outro.
- A alegria pela partida ou queda do inimigo pode reflectir ressentimento e não é vista como virtude em contextos que valorizam empatia.
- Em linhas éticas, a compaixão e a justiça são contrapontos à satisfação com o mal alheio.
Equivalentes
- inglês
One enjoys seeing a friend's face and an enemy's heels (i.e. gone). - espanhol
Se disfruta la cara del amigo y los pies del enemigo. - francês
On aime voir la figure d'un ami et les pieds d'un ennemi (partir). - italiano
Si gode la faccia dell'amico e i piedi del nemico che se ne vanno. - alemão
Man freut sich über das Gesicht des Freundes und die Füße des Feindes (wenn er geht).