A gato pintado não se confia a guarda do assado.

Provérbios Brasileiros - A gato pintado não se c ... A gato pintado não se confia a guarda do assado.
Provérbios Brasileiros

Não se deve confiar algo valioso ou tentador a quem tem oportunidade ou tendência para o apropriar.

Versão neutra

Não se deve confiar um bem valioso a alguém que tem motivos ou oportunidade para o subtrair.

Faqs

  • Qual é o sentido literal do provérbio?
    Literalmente refere‑se a não deixar um gato — aqui ‘pintado’ insinua astúcia ou aparência enganadora — guardar um assado, porque a tentação é grande e o gato pode apropriar‑se.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Usa‑o para avisar contra uma escolha imprudente de responsável por algo valioso ou tentador, especialmente em contexto informal.
  • É ofensivo aplicá‑lo a alguém?
    Pode ser interpretado como acusação de desonestidade ou falta de confiança; convém cuidado ao aplicá‑lo directamente a pessoas.
  • Tem origem conhecida?
    A origem exacta não está documentada aqui; é uma expressão da sabedoria popular ibérica baseada em imagens de animais e tentação.

Notas de uso

  • Registro coloquial e proverbial; usado em contextos informais ou conversas quotidianas.
  • Tem conotação de desconfiança prudente, não necessariamente acusatória formal; pode ofender se aplicado directamente a alguém.
  • Usa-se quando se quer sublinhar que a escolha de um guardião ou responsável é imprudente pela sua natureza ou circunstância.
  • Equivalente prático a evitar colocar uma pessoa com incentivo para prejudicar no papel de vigilância.

Exemplos

  • Se deixarmos o estagiário sozinho com o stock de material, lembramos que a gato pintado não se confia a guarda do assado — é melhor haver dupla supervisão.
  • Diziam que não tinham alternativa, mas entregar as senhas alheias ao responsável que já as tinha usado antes foi um caso de ‘a gato pintado não se confia a guarda do assado’.

Variações Sinónimos

  • Não se confia o assado ao gato pintado.
  • Não deixes o gato tomar conta do assado.
  • Não ponhas a raposa a guardar o galinheiro.
  • Não ponhas o lobo a cuidar do rebanho.

Relacionados

  • Não ponhas a raposa a guardar o galinheiro
  • Não deixes o lobo cuidar do rebanho
  • Quem tem telhados de vidro não atira pedras

Contrapontos

  • Por vezes a pessoa com mais tentação é também a mais capaz de resistir; desconfiança automática pode privar de uma solução prática.
  • Quando não há alternativas, impõe‑se vigilância adicional em vez de rejeitar a pessoa diretamente.
  • Confiar pode ser um acto reconstructivo: delegar responsabilidade pode levar a maior comprometimento e mudança de comportamento.

Equivalentes

  • inglês
    Don't set the fox to guard the henhouse.
  • espanhol
    No pongas al zorro a cuidar del gallinero.
  • francês
    Ne confie pas le poulailler au renard.

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