A língua dum praguento é pincel do demónio

A língua dum praguento é pincel do demônio.
 ... A língua dum praguento é pincel do demônio.

A fala maldosa ou fofoqueira de alguém serve para espalhar dano e provocar males, como se fosse instrumento do diabo.

Versão neutra

A língua de um fofoqueiro espalha maldade como se fosse um pincel do demónio.

Faqs

  • O que significa 'praguento' neste provérbio?
    «Praguento» é um termo antigo/pouco corrente que descreve uma pessoa intrometida, fofoqueira ou maledicente — alguém que espalha rumores e fala para prejudicar.
  • É um provérbio ofensivo?
    Tem conotação crítica e pode ser usado de forma ofensiva ao rotular alguém de fofoqueiro. Em registos formais ou sensíveis, convém evitar usá‑lo para insultar e preferir formulações neutras.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Serve como advertência em conversas informais sobre os perigos da maledicência e dos boatos. Use‑o para aconselhar prudência ao falar, não para justificar difamação.

Notas de uso

  • Usa‑se para advertir contra a maledicência, o boato e a fala descuidada que prejudica terceiros.
  • Emprego geralmente pejorativo para caracterizar quem fala maldosamente; registo popular e algo arcaico (palavra 'praguento' é pouco comum no português contemporâneo).
  • Pode ser proferido como conselho (para quem deveria calar‑se) ou como crítica dirigida a quem espalha rumores.
  • Evitar usar como insulto directo em contextos formais; tem conotação moral e religiosa que pode não ser apropriada em ambientes neutros.

Exemplos

  • Quando João começou a inventar histórias sobre a chefe, Maria lembrou‑lhe: «A língua dum praguento é pincel do demônio» — cala‑te antes de fazer mais estragos.
  • Numa conversa de aldeia, disseram que não deviam acudir a rumores; alguém citou o provérbio para justificar a desconfiança: «A língua dum praguento é pincel do demônio.»

Variações Sinónimos

  • A língua de um fofoqueiro é o pincel do demónio.
  • A voz do maledicente pinta más obras.
  • Quem fala demais traça a desgraça.

Relacionados

  • Boca fechada não entra mosca.
  • Não contes com o vento: fala pouco.
  • Quem fala demais dá razão ao inimigo.

Contrapontos

  • Defesa da liberdade de expressão: nem toda divulgação de informação é maledicência; falar pode ser necessário para expor injustiças.
  • Denunciar abusos exige comunicação; calar‑se por medo de ser visto como 'praguento' pode perpetuar danos.
  • Contexto e intenção importam: transmitir factos verificados não equivale a espalhar boatos.

Equivalentes

  • Português
    Boca fechada não entra mosca.
  • Inglês
    Loose lips sink ships.
  • Espanhol
    La lengua mata más que la espada (variação proverbial usada em alguns contextos).