A quem muito tememos, morto o queremos.

A quem muito tememos, morto o queremos.
 ... A quem muito tememos, morto o queremos.

Quando alguém é muito temido, tende-se a desejar que essa pessoa deixe de existir ou de ser uma ameaça.

Versão neutra

Quando muito tememos alguém, podemos desejar que essa pessoa deixe de nos ameaçar — por vezes mesmo que morra.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio em termos simples?
    Significa que o medo intenso por alguém pode levar as pessoas a desejar que essa pessoa deixe de existir ou deixe de representar uma ameaça.
  • É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
    Pode ser usado para descrever fenómenos sociais ou críticos, mas convém ter cuidado: evoca a ideia de desejar a morte e pode ser interpretado como incitação ou apologia da violência.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não foi aqui identificada uma origem específica documentada; trata‑se de uma máxima de sabedoria popular que descreve um comportamento humano recorrente.
  • Como evitar que o medo se transforme nesse tipo de desejo?
    Promovendo informação, diálogo, mecanismos legais e institucionais para lidar com ameaças em vez de recorrer a estigmatização ou violência.

Notas de uso

  • Expressa um fenómeno psicológico e social: o medo pode transformar-se em desejo de eliminar a fonte da ameaça.
  • É frequentemente usado em contexto político, social ou literário para criticar perseguições e estremecimentos coletivos.
  • Tem uma carga moral e violenta; usar o provérbio pode legitimar ou denunciar intenções de dano, dependendo do contexto.

Exemplos

  • No debate sobre o líder opositor, ouviu-se o provérbio: a quem muito tememos, morto o queremos — uma crítica ao clima de medo que alimenta discursos extremos.
  • Quando os alunos passaram a temer o professor, alguns chegaram a pensar que, a quem muito tememos, morto o queremos — sinal de que o problema precisava de ser resolvido institucionalmente.
  • Numa vila assolada por rumores, a máxima 'a quem muito tememos, morto o queremos' descrevia bem como o medo conduzia à procura de um bode expiatório.

Variações Sinónimos

  • A quem muito tememos, o queremos morto.
  • Quando se teme alguém em excesso, deseja-se a sua eliminação.
  • O medo excessivo pode transformar-se em ódio e desejo de destruição.

Relacionados

  • Vingança é um prato que se come frio (temática da vingança e eliminação)
  • O medo alimenta a perseguição (expressão conceptual)
  • Bodes expiatórios e linchamentos morais (fenómenos sociais similares)

Contrapontos

  • Medo não justifica violência: instituições e lei existem para resolver ameaças sem recurso à eliminação.
  • O respeito ou admiração também podem coexistir com medo, sem desejar o mal da outra pessoa.
  • Transformar medo em diálogo, prevenção ou aplicação da justiça é uma alternativa ética.

Equivalentes

  • English
    He whom we greatly fear, we wish dead (literal translation).
  • Español
    A quien mucho tememos, muerto lo queremos.
  • Français
    Celui que nous craignons beaucoup, nous voulons qu'il soit mort.
  • Deutsch
    Wen wir sehr fürchten, den wollen wir tot sehen.