Água sobre mel, sabe mal e não faz bem.
O excesso de algo agradável torna-o desagradável e pode ser prejudicial.
Versão neutra
Demasiado do que é agradável acaba por enjoar e pode fazer mal.
Faqs
- Quando se deve usar este provérbio?
Usa-se para alertar contra exageros: quando algo agradável é consumido ou oferecido em demasia pode tornar-se desagradável ou prejudicial. - O provérbio tem origem literal ou só figurada?
Tem origem literal na ideia de que diluir mel com água prejudica o sabor, mas a utilização corrente é figurada, aplicada a comportamentos e excessos. - É apropriado em contexto formal?
Sim, pode ser usado em contextos formais para ilustrar a ideia de excesso, mas em textos técnicos convém explicar o sentido para evitar ambiguidade.
Notas de uso
- Usa-se sobretudo em contexto figurado para advertir contra exageros ou excesso de indulgência.
- Pode aplicar-se a comportamentos, hábitos (comer, beber, trabalho) ou mesmo a gestos afectivos excessivos.
- Também é compreendido literalmente: misturar água com mel dilui o sabor e pode estragar a preparação.
Exemplos
- Deixei de aceitar convites para doces todas as tardes; água sobre mel, sabe mal e não faz bem — o excesso não era saudável.
- Na receita, se juntares água ao mel vais perder o sabor; água sobre mel, sabe mal e não faz bem.
- Quando ela exagera nas carícias, o parceiro afasta-se; por vezes, água sobre mel, sabe mal e não faz bem.
Variações Sinónimos
- Doce demais enjoa.
- Mais do que é preciso estraga.
- Excesso de zelo sufoca.
Relacionados
- Doce demais enjoa (variação próxima)
- Nem tudo que é prazeroso é benéfico em demasia
- O que é demais não presta
Contrapontos
- Aproveita enquanto podes (defende aproveitar oportunidades enquanto existem).
- Às vezes é aceitável um pouco de excesso para desfrutar a vida.
Equivalentes
- inglês
Too much of a good thing (excess of something good becomes harmful). - espanhol
Agua sobre miel, sabe mal y no hace bien (versão muito próxima em espanhol).