Ainda que doce seja o mel, a mordidela da abelha é cruel.
Algo que parece agradável ou vantajoso pode trazer prejuÃzos ou perigos inesperados.
Versão neutra
Algo que parece bom pode ter consequências negativas escondidas.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para advertir sobre ofertas ou situações aparentemente vantajosas que podem incluir riscos ocultos ou custos posteriores. - Significa que nunca devemos aceitar boas ofertas?
Não; o provérbio recomenda cautela e avaliação dos custos associados, não a recusa automática de toda oferta. - É sinónimo de 'Nem tudo o que reluz é ouro'?
Sim — ambos expressam a ideia de que a aparência externa pode esconder uma realidade menos favorável, embora cada um tenha nuances próprias. - Pode aplicar-se a relações pessoais?
Sim. Em relações, alerta para comportamentos ou gestos encantadores que podem ocultar intenções ou consequências prejudiciais.
Notas de uso
- Serve como aviso para avaliar riscos escondidos antes de aceitar uma vantagem aparentes.
- Usa-se em contextos pessoais (relacionamentos), profissionais (acordos comerciais) e sociais (promessas polÃticas).
- Não é uma condenação absoluta do benefÃcio — sublinha a necessidade de precaução e de pesar ganhos e custos.
- Pode aconselhar prudência em decisões que envolvam ganhos fáceis ou imediatos.
- Tomar em consideração a fonte e as condições associadas ao benefÃcio reduz a probabilidade de sofrer a 'mordidela'.
Exemplos
- Aceitámos o contrato porque oferecia ganhos elevados, mas depois surgiram cláusulas onerosas — afinal, ainda que doce fosse o mel, a mordidela da abelha foi cruel.
- Ela desconfiou do investimento que prometia lucros fáceis e preferiu investigar os riscos — lembrou-se de que, por vezes, o mel tem uma mordidela.
Variações Sinónimos
- Nem tudo o que reluz é ouro.
- Há sempre um preço a pagar.
- O pão dado pode ter sal escondido.
- Quem colhe o mel, por vezes leva picadas.
Relacionados
- prudência
- análise de riscos
- promessas fáceis
- senso crÃtico
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca. (Enfatiza que sem risco não há ganho.)
- Fortes ventos fazem velas; sem desafios não há progresso. (Valoriza assumir riscos calculados.)
- Às vezes é preciso aceitar um pequeno risco para obter grande benefÃcio.
Equivalentes
- inglês
Every rose has its thorn. (Nem tudo o que é belo/convidativo está isento de custos.) - espanhol
Aunque la miel sea dulce, la picadura de la abeja es cruel. (Equivalente literal e interpretativo.) - francês
Il n'y a pas de rose sans épines. (Não há benefÃcio sem inconvenientes.)