Andorinha que sai com morcego, dorme de cabeça para baixo.
Advertência de que a companhia influencia o comportamento: quem se associa com pessoas de hábitos duvidosos pode acabar por adoptar esses hábitos.
Versão neutra
Quem se associa a más companhias tende a adoptar os seus hábitos.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em advertências informais sobre influência social, por exemplo entre familiares, professores e educadores. Deve evitar‑se em contextos formais ou quando pode humilhar alguém. - O provérbio implica que a pessoa é totalmente responsável pelos seus actos?
Não necessariamente; o provérbio sublinha a influência das companhias, mas não explica factores sociais, económicos ou pressões externas que também moldam comportamentos. - É ofensivo aplicar este provérbio a alguém?
Pode ser considerado ofensivo se usado para julgar ou estigmatizar. Melhor contextualizar e preferir diálogo quando se pretende ajudar alguém. - Tem origem conhecida?
Não há documentação formal da origem; trata‑se de um ditado de tradição oral presente na cultura popular portuguesa.
Notas de uso
- Usa‑se para alertar alguém sobre a influência negativa de más companhias.
- Tom habitual: moralizador ou preventivo; pode ser usado com humor, mas também ofender se aplicado directamente.
- Registo: informal a coloquial; adequado em conversas familiares ou avisos educativos.
- Cuidado: não deve servir para justificar estigmatizar quem está numa má companhia sem considerar contexto social ou económico.
Exemplos
- Se passares todo o tempo com colegas que faltam às aulas, corres o risco de abandonar também os estudos — andorinha que sai com morcego, dorme de cabeça para baixo.
- Os pais avisaram o filho sobre as novas amizades na rua: 'Olha com quem andas, porque a andorinha que sai com morcego...'.
- No escritório, Maria evitou envolver‑se em comportamentos questionáveis do grupo para não ser associada a eles — acreditava que 'andorinha que sai com morcego' não lhe servia de desculpa.
Variações Sinónimos
- Diz‑me com quem andas, dir‑te‑ei quem és.
- Quem anda com porcos, farelos come.
- A companhia faz o homem.
Relacionados
- Diz‑me com quem andas, dir‑te‑ei quem és.
- Quem anda com porcos, farelos come.
- Cada um colhe o que semeia.
Contrapontos
- O provérbio simplifica a relação entre companhia e comportamento: nem sempre a associação determina a identidade ou escolhas de uma pessoa.
- Pode promover estigma e culpabilização de quem se encontra em contextos sociais difíceis; fatores sociais e económicos também influenciam o comportamento.
- Existe igualmente o efeito contrário: boas companhias podem melhorar atitudes e oportunidades — o contexto e a agência individual são importantes.
Equivalentes
- inglês
If you lie down with dogs, you get up with fleas. - espanhol
Dime con quién andas y te diré quién eres. - francês
Dis‑moi qui tu hantes, je te dirai qui tu es.