Antes pouco que nada.
É preferível obter uma pequena vantagem do que não obter nada; valorizar um ganho modesto em vez da ausência total de benefício.
Versão neutra
É melhor ter um pouco do que nada.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o quando a alternativa realista a receber algo é não receber nada, principalmente em decisões práticas ou financeiras, e quando o ganho modesto é útil sem causar dano. - Este provérbio incentiva conformismo?
Pode ser interpretado assim; transmite pragmatismo. É útil como conselho prático, mas não é justificação para aceitar exploração ou renunciar a direitos fundamentais. - Tem origem conhecida e datada?
Não há registo documental preciso da sua origem; trata-se de um ditado popular difundido oralmente na Península Ibérica e em línguas afins. - Existe uma versão mais formal do provérbio?
Sim: 'É melhor ter um pouco do que nada.' Esta formulação é mais neutra e adequada em textos escritos.
Notas de uso
- Usa-se para justificar a aceitação de algo modesto quando a alternativa é não obter nada.
- Aplicável em contextos económicos (salários, vendas, trocas) e em decisões práticas do dia a dia.
- Pode ter conotação pragmática positiva (realismo) ou negativa (resignação/aceitação de condições insuficientes).
- Não deve ser usado automaticamente quando o ganho pequeno implica prejuízo, exploração ou perda de princípios éticos.
Exemplos
- Quando a loja só tinha dois trabalhos pequenos para a semana, o patrão disse: 'Antes pouco que nada, aceitamo-los.'
- Recebi uma oferta baixa pelo meu objecto, mas como estava a precisar de dinheiro, pensei: 'Antes pouco que nada' e aceitei.
- Numa crise de abastecimento, aceitar um racionamento pequeno pode ser aceito com o lema 'antes pouco que nada' até que a situação melhore.
Variações Sinónimos
- Mais vale pouco do que nada.
- Antes pouco do que nada.
- Melhor pouco que nada.
Relacionados
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (semelhança: valorizar o certo em detrimento do incerto).
- Quem tudo quer tudo perde (contraste sobre ambição e prudência).
- Não rejeites o que é certo por algo incerto (princípio próximo em tom pragmático).
Contrapontos
- Quando aceitar pouco perpetua exploração ou condições injustas — então é preferível recusar e procurar alternativas.
- Se o pouco traz prejuízo a longo prazo (por exemplo, comprometer saúde ou reputação), então 'antes pouco que nada' não se aplica.
- Em questões de princípios morais, é preferível nada a algo que viole valores essenciais.
Equivalentes
- Inglês
Better something than nothing / Half a loaf is better than none. - Espanhol
Más vale poco que nada. - Francês
Mieux vaut peu que rien. - Alemão
Besser wenig als gar nichts. - Italiano
Meglio poco che niente.