Ao rico, crescem-lhe os bois.

Quem já tem riqueza tende a obter mais vantagens e facilidades; a desigualdade económica tende a perpetuar-se.

Versão neutra

Quem tem recursos tende a atrair mais recursos.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se descreve uma situação em que privilégios e recursos acumulam-se nas mãos de quem já os possui — por exemplo, em debates sobre economia, influência ou nepotismo.
É um provérbio pejorativo?
O provérbio é crítico quanto a efeitos sociais de desigualdade, mas não insulta indivíduos; o tom depende do contexto e da intenção do orador.
Tem origem histórica conhecida?
Não há origem documentada precisa; trata-se de um ditado popular transmitido oralmente na língua portuguesa, com paralelo em outras línguas.
Como evitar interpretações injustas ao usar esta frase?
Esclareça se fala de tendências estruturais e não de carácter pessoal, e evite generalizações que culpabilizem indivíduos sem considerar causas mais amplas.

Usa-se para comentar situações em que os privilegiados obtêm benefícios adicionais — por influência, oportunidade ou acumulacão de recursos.
Pode ser empregado de forma crítica (denunciando injustiça) ou com ironia (aceitando a desigualdade como inevitável).
Registo: coloquial e proverbial; aparece em conversas informais, textos de opinião e análise social.
Evitar generalizações; o provérbio descreve uma tendência social, não uma regra absoluta sobre indivíduos.

No mercado imobiliário, grandes investidores compram mais propriedades e estabelecem condições que pequenos compradores não conseguem acompanhar — ao rico, crescem-lhe os bois.
Quando uma empresa tem capital, consegue melhores financiamentos e mais contratos, enquanto as pequenas lutam para sobreviver; é o típico caso de quem tem mais recursos a ganhar mais.

Efeito Mateus / 'the Matthew effect' (fenómeno sociológico/económico de acumulação de vantagem).
Conceitos de acumulação de capital e desigualdade económica.
Provérbios sobre sorte e vantagem acumulada

Quem planta, colhe — enfatiza esforço e mérito individual.
Deus ajuda quem cedo madruga — sugere que o trabalho diligente cria oportunidades.
Nem tudo o que reluz é ouro — lembra que riqueza aparente nem sempre é vantagem real.