As malícias se entendem com a razão, e as virtudes, com a vontade.
As malícias se entendem com a razão, e as virtudes, com a vontade.
Sugere que o mal ou as más ações podem ser racionalizadas pela inteligência, enquanto as ações virtuosas exigem decisão e esforço da vontade.
Versão neutra
As más acções costumam ser justificadas pela razão; as acções virtuosas dependem da vontade.
Faqs
O que quer dizer exactamente este provérbio? Significa que é relativamente fácil encontrar argumentos racionais para justificar comportamentos errados, mas que praticar o bem exige uma decisão consciente e esforço por parte da vontade.
Quando devo usar este provérbio? Use‑o ao sublinhar a diferença entre compreender ou justificar algo e ter a disposição de agir moralmente — por exemplo, em debates sobre ética, responsabilidade pessoal ou educação cívica.
Tem origem conhecida? Não há origem clara ou unica documentada para este provérbio; parece derivar de reflexões morais tradicionais sobre razão e vontade.
Notas de uso
Usa‑se para distinguir conhecimento/justificação de tomada de decisão ética.
Aplica‑se quando se quer criticar a tendência de justificar comportamentos errados com argumentos racionais.
Serve para enfatizar que saber o que é correcto não basta: é preciso querer e agir de acordo.
Adequado em discussões sobre ética, responsabilidade pessoal e educação moral.
Exemplos
Quando o gestor arranjou argumentos para justificar a sua má conduta, lembrei‑lhe: «As malícias se entendem com a razão, e as virtudes, com a vontade.»
Explicar por que não se deve mentir é um trabalho da razão; recusar mentir quando é tentador exige vontade e carácter.
Num debate sobre corrupção, alguém observou que muitas injustificações usam lógicas sofisticadas — provaram que as malícias se entendem com a razão.
Variações Sinónimos
O saber desculpa; a vontade pratica.
A razão procura justificações; a vontade pratica o bem.
Saber não chega; é preciso querer.
Relacionados
Querer é poder.
Da teoria à prática vai um passo.
Saber e não fazer é não saber.
Contrapontos
A razão também pode orientar e fortalecer a virtude: o entendimento racional pode motivar escolhas morais informadas.
Nem toda racionalização é defesa do mal; às vezes a razão ajuda a corrigir inclinações erradas.
Algumas virtudes desenvolvem‑se por hábito e reflexão, não apenas por mera vontade instantânea.
Equivalentes
Inglês Vices are often rationalized by reason, while virtues depend on the will.
Espanhol Las malicias se entienden con la razón, y las virtudes, con la voluntad.
Francês Les malices se justifient par la raison, et les vertus par la volonté.