Ave que canta demais não sabe fazer o ninho

Ave que canta demais não sabe fazer o ninho.

Admoesta quem fala ou se exibe em excesso em vez de trabalhar; valoriza a ação sobre o discurso.

Versão neutra

Quem fala demasiado não trata das suas responsabilidades.

Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para apontar que alguém fala ou se exibe em excesso em vez de cumprir tarefas concretas; típico em contextos de trabalho, política ou relações pessoais.
É um provérbio ofensivo?
Pode ser crítico ou mordaz, mas é geralmente usado como advertência ou conselho. O tom e o contexto determinam se será ofensivo.
Tem equivalente moderno?
Sim — expressões como 'muito falar e pouco fazer' ou o inglês 'all talk and no action' transmitem a mesma ideia numa linguagem contemporânea.

Registo popular e proverbial; usado para corrigir ou aconselhar alguém que gasta muito tempo em falar/ostentar e pouco em agir.
Pode empregar‑se de forma direta (criticar) ou irónica (brincar com alguém exibicionista).
Aplica‑se tanto a indivíduos como a grupos (equipas, políticos, organizações) que prometem muito e fazem pouco.
Não deve ser usado para silenciar quem comunica por necessidade legítima; contexto importa.

O João passa o dia nas redes a gabar‑se dos planos, mas não entrega nada ao chefe — ave que canta demais não sabe fazer o ninho.
Se a equipa continuar a discutir ideias em reuniões intermináveis sem pôr mãos à obra, lembra‑te: ave que canta demais não sabe fazer o ninho.

Nem toda a comunicação é vaidade: planear e explicar também são necessários antes de agir.
Alguém que fala muito pode estar a angariar apoio ou recursos essenciais para construir o 'ninho'.
Usar o provérbio como crítica automática pode desvalorizar contributos legítimos de quem comunica.