Bom sangue não mente

Bom sangue não mente.

As qualidades e traços de carácter de uma pessoa tendem a revelar a sua origem familiar; boas qualidades de família acabam por se notar.

Versão neutra

As qualidades familiares transparecem.

O que quer dizer exactamente «Bom sangue não mente»?
Significa que as qualidades, talentos ou traços de carácter de uma pessoa tendem a revelar a sua origem familiar; é uma observação sobre semelhanças entre gerações.
Posso usar o provérbio em qualquer situação?
É apropriado em contextos informais para elogiar semelhanças familiares, mas deve evitar‑se em situações em que possa reforçar determinismo biológico ou discriminação.
Tem conotação ofensiva?
Pode ter. Quando usado para justificar privilégios por origem ou para estigmatizar, o provérbio torna‑se problemático. É sensível em contextos de desigualdade social ou racial.

Usado para elogiar alguém cujo comportamento ou aptidões lembram antecedentes familiares considerados positivos.
Pode empregar-se de forma irónica, quando um traço de carácter corresponde exatamente ao que se vê na família (positivo ou negativo).
Em contextos históricos, esteve associado a ideias de nobreza e pureza de sangue; hoje pode soar a determinismo biológico ou classismo.
Evitar usá‑lo para justificar exclusões ou discriminações com base em origem familiar ou genética.

Quando o jovem ajudou os vizinhos sem pedir nada, alguém comentou: «Bom sangue não mente» — referindo‑se ao pai generoso.
Usada em tom irónico: ao ver o sobrinho mentir para escapar a problemas, a tia disse com amargura: «Bom sangue não mente».

Abiologismo e ambiente também moldam o carácter: educação, cultura e oportunidades influenciam fortemente o comportamento.
Afirmar que «bom sangue não mente» pode justificar preconceitos sociais e estigmatizar pessoas por ascendência.
A genética não determina por si só valores morais ou escolhas pessoais; há grande variação individual dentro das famílias.