Demais, nem virtude

A ideia de que o excesso, mesmo de coisas boas, deixa de ser virtuoso ou benéfico; defende a moderação.

Versão neutra

O excesso transforma o que é bom em algo prejudicial.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o para advertir contra excessos em qualquer domínio (alimentação, trabalho, hábitos, gastos) quando quiser realçar a necessidade de moderação.
É um provérbio formal ou informal?
É de registo geral e proverbail; funciona bem em contextos coloquiais, familiares, educativos e também em textos escritos que invoquem sabedoria popular.
Significa que tudo em excesso é sempre mau?
É uma advertência geral: na maior parte das situações o excesso tende a provocar efeitos negativos, mas a aplicação concreta depende do contexto e do critério prático.
Tem origem conhecida ou autor atribuível?
Não há autoria identificada; trata-se de sabedoria popular condensada numa forma proverbial. A origem específica é incerta.

Usado como advertência ou conselho quando alguém está em risco de exceder-se num comportamento ou consumo.
Tom proverbial e conciso; aparece em registos coloquiais, familiares e literários que invoquem sabedoria popular.
Não indica medidas precisas — apela ao juízo prático e à necessidade de equilíbrio em contextos variados (trabalho, comida, afectos, economia).
Pode ser usado de forma séria ou irónica, dependendo do tom e do contexto.

Quando ela começou a trabalhar 14 horas por dia, o pai comentou: «Demais, nem virtude» — é preciso pôr limites para não pôr em risco a saúde.
Ao encher o prato com mais doces só porque havia à vontade, lembrou-se: «Demais, nem virtude»; afinal, o excesso faz mal.
Numa reunião sobre gastos, o gestor concluiu: 'Demais, nem virtude' — devemos controlar o orçamento, mesmo quando há dinheiro disponível.
Diz-se muitas vezes aos filhos: 'Demais, nem virtude' quando querem gastar todo o tempo em videojogos em vez de estudar.