Depois de comer, cuspir no prato.
Expressa ingratidão: criticar ou rejeitar quem nos beneficou depois de receber ajuda ou vantagem.
Versão neutra
Ser ingrato depois de receber ajuda ou benefício.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa comportar-se com ingratidão ou hostilidade em relação a quem nos ajudou ou forneceu algo de que beneficiámos. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar alguém que, depois de receber favores, benefícios ou protecção, demonstra desconsideração ou ingratidão. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser. Tem um tom acusatório e moralizador; melhor usá-lo com cautela, sobretudo em contextos formais. - Este provérbio tem origem conhecida?
Não há uma origem documentada clara. É uma imagem popular usada em várias línguas para expressar ingratidão. - Há situações em que acusar alguém de ‘cuspir no prato’ é injusto?
Sim. Se a pessoa rejeitou a situação por razões éticas, por ter sido maltratada, ou por exigir autonomia, a acusação pode não ser justa.
Notas de uso
- Usado de forma crítica para apontar comportamentos ingratos ou hipócritas.
- Registo: coloquial; tom acusatório. Frequentemente dirigido a pessoas ou a actos concretos.
- Pode aparecer em contexto familiar, laboral ou social quando alguém rejeita favores ou privilégios que recebeu.
- Nem sempre aplica-se: haverá casos em que recusar algo recebido é uma reacção legítima (por motivos éticos ou por descobrir abuso).
Exemplos
- Depois de ter conseguido o emprego graças à recomendação dele, começar a falar mal do chefe é cuspir no prato.
- Ela aceitou o dinheiro da família e depois recusou qualquer contacto — parecia mesmo que estava a cuspir no prato.
- Não é razoável vir agora criticar o projecto, depois de ter usufruído dos recursos: isso soa a cuspir no prato.
Variações Sinónimos
- Morder a mão que te dá de comer
- Não cuspas no prato onde comes
- Ser ingrato depois do benefício
Relacionados
- Morder a mão que te dá de comer
- Não cuspas no prato onde comes
- Agradece e segue
Contrapontos
- Nem toda a crítica após receber ajuda é ingrata: a pessoa pode ter descoberto más práticas ou abuso e reagir por princípios.
- Em situações de dependência ou exploração, recusar ou denunciar quem ajudou pode ser um acto legítimo de autonomia.
- O provérbio simplifica relações complexas: ajuda e obrigação nem sempre são equivalentes.
Equivalentes
- inglês
To bite the hand that feeds you. - espanhol
Morder la mano que te da de comer. - francês
Mordre la main qui te nourrit. - alemão
Die Hand beißen, die dich füttert. - italiano
Mordere la mano che ti dà da mangiare.