Deus escreve direito, por linhas tortas

Deus escreve direito, por linhas tortas.

Expressa a crença de que, mesmo por meios ou acontecimentos tortuosos, há um desígnio que conduz a um resultado justo ou desejável.

Versão neutra

O destino endireita caminhos tortuosos.

O que significa este provérbio?
Significa que acontecimentos aparentemente negativos ou confusos podem, no fim, conduzir a um resultado correcto ou benéfico, segundo a ideia de providência ou sentido.
É um provérbio religioso?
Tem raiz numa visão providencial (divina), mas é usado amplamente em contextos seculares como modo de explicar ou consolar perante resultados imprevistos.
Quando não devo usar este provérbio?
Evite-o para justificar injustiças, violência ou negligência; também deve ser evitado quando é necessário assumir responsabilidade ou procurar soluções concretas.

Uso comum para consolar ou explicar acontecimentos imprevisíveis que acabam bem.
Tonalidade: coloquial, pode ser empregue em contextos religiosos ou seculares.
Não deve ser usado para justificar injustiças ou para eximir responsabilidade humana por actos danosos.
Em discurso crítico, pode ser interpretado como expressão de fatalismo ou resignação.

Perdemos o contrato, mas a nova proposta foi melhor; há quem diga que Deus escreve direito por linhas tortas.
Depois de tanta dificuldade, o emprego acabou por surgir; pensei que o provérbio se aplicava bem — às vezes os caminhos são tortuosos e têm um propósito.

Atribuir sempre os resultados a um desígnio pode ocultar erros, negligência ou injustiça humanos.
Nem todos os acontecimentos têm um propósito ou resultado positivo; acaso e contingência também explicam muita coisa.
Usado como explicação automática, pode impedir acção corretiva ou responsabilização.