É evidente até para um cego

É evidente até para um cego.

Afirma que algo é tão óbvio que qualquer pessoa, mesmo alguém sem visão, o perceberia.

Versão neutra

É óbvio para toda a gente

Esta expressão é ofensiva?
Pode ser considerada ofensiva por usar a condição de deficiência como metáfora. Em contextos sensíveis, é preferível optar por versões neutras como 'é óbvio para toda a gente' ou 'está à vista de todos'.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Em registos informais, entre amigos ou em linguagem coloquial, quando se pretende enfatizar que algo é muito claro. Evite em contextos formais ou quando se pretende inclusividade.
Há alternativas estilísticas?
Sim: 'Está à vista de todos', 'É óbvio', 'Fala por si', 'É claro para toda a gente'. Estas alternativas transmitem o mesmo sentido sem recorrer a referência a deficiência.

Registo: informal; usado em conversas quotidianas.
Tom: enfático e por vezes coloquial ou jocoso.
Contextos a evitar: ambientes formais, textos académicos ou comunicação institucional, onde expressões potencialmente ofensivas devem ser substituídas.
Sensibilidade: contém referência a deficiência visual e pode ser percebido como ableísta; prefira versões neutras quando necessário.

Quando vimos as faturas, a discrepância ficou clara — era evidente até para um cego que algo não batia certo.
Não precisávamos de mais provas: a resposta era óbvia para toda a gente, por isso não vale a pena discutir.

Nem sempre o que parece óbvio o é: factos ocultos ou contexto insuficiente podem fazer uma conclusão precipitada.
Usar esta expressão para reforçar uma opinião pode invalidar o ponto se faltar evidência objetiva.
Afirmar que algo é evidente para todos pode silenciar perspetivas diferentes ou minoritárias.